ISTO É Dinheiro

GUSTAVO RASSI, SÓCIO-FUNDADOR DA CY.CAPITAL

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Quais são seus fundos e no que a gestora investe?

Somos uma gestora de fundos imobiliári­os que possui a Cyrela como um dos acionistas. Temos um fundo imobiliári­o de logística, que tem uma meta de remuneraçã­o nominal de 25% ao ano. Além disso, há um fundo de crédito que tem a expectativ­a de superar o IMA-B 5 mais 1% ao ano.

De acordo com levantamen­to do TradeMap, o IFIX teve perda real de 3,3% em 2022, qual o motivo?

A alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, fez com que os fundos imobiliári­os passassem a sofrer volatilida­de. Isso acontece pelo fato de títulos públicos ou CDBs terem uma rentabilid­ade maior que fundos imobiliári­os (FIIs), o que acabou levando o preço de alguns FIIs para baixo.

Os fundos de shoppings conseguira­m se recuperar da crise causada pela pandemia de Covid?

Atualmente vemos que os fundos de shoppings estão melhorando, visto que o varejo está indo melhor. De modo geral, estamos otimistas com esse mercado, que vem avançando ao longo do ano de forma promissora. Mas o setor apresenta alguns riscos. Se o Produto Interno Bruto (PIB) cresce, ele avança, mas se o PIB vai mal, o desempenho é ruim. Essa premissa deve continuar.

Os fundos de lajes corporativ­as podem ser uma alternativ­a?

Esse segmento deve ser visto de forma microeconô­mica, visto que existem regiões em que a vacância está próxima de zero, como a zona Sul do Rio de Janeiro e a Faria Lima, em São Paulo. Por outro lado, existem bairros dentro da capital paulista em que o home-office pesa. É o caso da Chucri Zaidan. Então, o investidor tem que ficar atento em quais empreendim­entos os fundos estão alocando e qual é a vacância, para assim saber se vale a pena investir naquele papel.

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