PAÍS ESTÁ ESTAGNADO EM ROBÓTICA
Embora a indústria estrangeira enxergue o Brasil como um potencial mercado para a importação, a Federação Internacional de Robôs (IFR, na sigla em inglês) aponta que a densidade desse tipo de máquina está estagnada desde 2020 no País, quando a Covid-19 se disseminou pelo território nacional. Dados levantados pela entidade revelam que o número de máquinas industriais por 10 mil trabalhadores foi de 13 para 16 entre 2019 e 2020. Em 2021 e 2022, no entanto, esse índice se manteve igual. Para efeito de comparação, a Argentina deu um salto de 18 para 25 em sua densidade de robôs por trabalhadores no acumulado do período de 2019 a 2022.
Quinta maior economia do mundo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Índia é considerada o maior mercado entre os países emergentes. Em 2018, o país sul-asiático registrou crescimento de 39% em sua densidade, em relação a 2017.
Segundo a IFR, a estagnação tecnológica no ambiente fabril brasileiro se deve à crise econômica vivida pelo País e, mais recentemente, à falta de componentes eletrônicos no setor automobilístico, que afeta o mercado global. Para mudar esses indicadores, as universidades estão criando projetos para formação de profissionais para as áreas de robótica, matemática, física e programação. Segundo Lie Pablo, professor de projetos de automação industrial do Insper, as próprias empresas estão investindo em parcerias científicas em busca de inovação e jovens qualificados. “Não podemos mais perder talentos para o exterior.” Nem robôs.