O corpo de Jamal
Arede de TV britânica Sky News informou na semana passada que partes do corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado no consulado de seu país em Istambul, no início desse mês, teriam sido encontradas na residência do cônsul da Arábia Saudita, Mohammed al Otaibi. Os nomes das fontes, ligadas ao serviço de inteligência da Turquia, não foram revelados. Também a imprensa turca noticiou o fato, creditando a informação ao presidente do Partido Patriótico, Dogu Perinçek: “as forças de segurança do consulado localizaram durante as buscas pedaços do corpo no jardim da casa”. Quer se confirmem ou não tais versões, o certo é que já caiu por terra a versão do príncipe Mohammed bin Salman, segundo a qual a morte de Jamal se deveu a uma briga entre ele e agentes do governo. Está claro que o crime foi premeditado, e a motivação está nas duras críticas que Jamal lhe fazia no jornal “Washington Post”. Salman apostou alto e começa a perder esse jogo macabro. EUA e Inglaterra cancelaram vistos de todos os sauditas envolvidos no episódio. Mais: Salman acreditava que dificilmente os governos americano e de diversos países da União Europeia deixariam de negociar armamentos com seu país. Na quartafeira 24, pelo menos EUA e Alemanha já anunciavam que adotariam tal medida punitiva.