Ameaça de bombas aterroriza os EUA
Manhattan, EUA, 10 horas da quarta-feira 24. Os âncoras da CNN Poppy Harlow e Jim Sciutto noticiavam os pacotes suspeitos que haviam sido enviados ao escritório do ex-presidente Barack Obama, em Washington, e à residência em Nova York do também ex-primeiro mandatário Bill Clinton e sua esposa, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Os jornalistas estavam, portanto, ao vivo, quando o alarme de emergência soou na emissora. A transmissão foi interrompida. Um artefato com potencial explosivo fora identificado na empresa – entregue por engano porque tinha como destinatário o ex-diretor da CIA John Brennan, que trabalha na NBC. Jim e Poppy voltaram ao ar, mas então já na rua, e continuaram a reportar os fatos. Era o começo de um dia de tensão em todo o país, tensão que começara na segunda-feira com a bomba destinada ao bilionário George Soros. Ainda na quarta-feira, em diversos estados americanos, bombas foram endereçadas a Eric Holder (ex-procurador), Debbie Wasserman (ex-líder do Comitê Nacional Democrata) e Maxine Waters (deputada). Vinte e quatro horas depois, artefatos se destinaram a Joe Biden (exvice-presidente dos EUA) e a Robert De Niro (ator). Mais casos eram investigados. Dois pontos chamam atenção. O envio dos pacotes se dá a duas semanas das eleições legislativas que podem tirar de Donald Trump a sua maioria republicana no Congresso. E todos os destinatários são integrantes ou apoiadores do Partido Democrata – novamente alvo, junto com a mídia, das delirantes críticas de Trump. Apesar do número de bombas, até o início da tarde da quintafeira ninguem se ferira.