OPÇÃO é O QUE NãO FALTA
O MEC divide as instituições de ensino superior em faculdades, centros universitários e universidades. Para escolher, leve em conta suas pretensões acadêmicas e profissionais
A busca por especializações contribuiu nos últimos anos para um aumento significativo no número de escolas dedicadas ao ensino superior. Com a enorme quantidade de opções disponíveis, quem procura um curso precisa ter em mente quais são suas metas para conseguir fazer uma escolha apropriada. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC), há três tipos de instituições que oferecem cursos de graduação e de pós: as faculdades, as universidades e os centros universitários. Há uma série de requisitos que precisam ser seguidos à risca para que o MEC reconheça a escola como um centro de ensino, mas cada um dos três tipos possui suas particularidades. No caso das faculdades, o Ministério entende que o número de áreas de conhecimento abrangidas pode ser mais restrita, mas é preciso ter autorização para abrir novos cursos caso seja de interesse da instituição. Já os centros universitários, além de terem mais liberdade para manejar seus programas de graduação, preveem mais possibilidades e devem oferecer algum tipo de pós-graduação para se caracterizar como tal. Por fim, as universidades não apenas têm à disposição uma oferta muito variada de ensino como devem também promover na pós-graduação atividades de pesquisa em nível de mestrado e doutorado. Se de um lado há escolas onde o leque de cursos é amplo e diverso, de outro há escolas superiores bem específicas e, portanto, mais especializadas. A Escola Paulista de Direito (EPD) é um exemplo desse movimento. Reconhecida em seu campo de
Não existe uma opção mais completa que a outra, e sim aquela que mais se aplica aos seus planos acadêmicos e profissionais
atuação desde 1994, a instituição oferece 26 opções de pós-graduação somente na área do Direito. O Insper é um caso parecido, tido como uma referência nas áreas de Direito, Economia, Administração e Engenharia. No Norte e Nordeste do País, a UNINASSAU através da Faculdade Maurício de Nassau, pertencente ao Grupo SER Educacional, com 25 unidades espalhadas por essas regiões, oferece 16 MBAs, a maior parte presenciais, indo de Gestão Hospitalar a Marketing Esportivo – sem esquecer um dos mais importantes setores econômicos da região, a hotelaria. Já o Centro Universitário UniDomBosco, por exemplo, oferece dezenas de opções de pós-graduação em várias áreas, cobrindo áreas como finanças, contabilidade, marketing e logística, entre outras. Não existe uma opção mais completa que a outra, e sim aquela que mais se aplica aos seus planos acadêmicos e profissionais. Para quem busca um cargo de gestão, centros mais especializados podem ser um bom caminho. Já no caso de quem procura estabelecer uma carreira acadêmica na área de pesquisa e docência, as universidades costumam ser uma escolha mais apropriada.
DO BRASIL PARA O MUNDO
Em busca de outras experiências de ensino e de vivências novas do ponto de vista cultural, os alunos dos cursos de pós-graduação têm se interessado cada vez mais pelas possibilidades que convênios com instituições fora do país podem oferecer aos estudantes. A chamada internacionalização do ensino traz uma série de vantagens, tanto para o aluno quanto para a escola. O aprendizado multidisciplinar pode começar desde cedo, a exemplo das escolas Concept e Avenue, que prepara o aluno para o mundo globalizado. Há diferentes opções de programas, como os cursos sanduíche, em que o estudante passa metade do tempo previsto da pós em uma instituição estrangeira. As oportunidades podem ser custeadas por programas de bolsas do governo brasileiro ou de governos estrangeiros, assim como de outras fundações – alguns exemplos são as fundações Estudar e Lemann. A PUC-Campinas, por exemplo, oferece seu intercâmbio acadêmico a partir de acordos de cooperação internacional com uma série de escolas pelo mundo, em países como a Argentina, Portugal, Coreia do Sul e França, entre outros. O curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio, por sua vez, oferece desde 2008 o Programa Intercâmbio Internacional, que busca colocar o aluno em contato com sistemas jurídicos diferentes do brasileiro. São 30 contratos firmados com instituições no exterior, que promovem cursos de curta e de longa duração. No Insper, os acordos internacionais também são um destaque. “Nossas parcerias com escolas de negócio no exterior proporcionam ao aluno a possibilidade de enriquecer a troca de experiências por meio de um curso de extensão em outro país”, explica Guy Cliquet, coordenador da pós-graduação lato sensu da instituição. “Também há alguma intercambialidade entre os nossos programas de MBA e os de fora, o que possibilita a conclusão do curso no exterior”, completa.
Há uma série de requisitos que precisam ser seguidos à risca para que o MEC reconheça a instituição como um centro de ensino