Alerta na Amazônia
AFloresta Amazônica teve um de seus piores meses em sua história recente. Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelou, por meio de imagens de satélites, que uma área de 733 km2 foi desmata em maio — o equivalente a dois campos de futebol por minuto —, mais do que o dobro constatado em 2017. O resultado é ruim por si só, mas projeta um ano ainda pior, visto que a partir de maio a atividade madeireira exploratória tende a subir, pois acabou a estação de chuvas. A situação não dá sinais de melhora, embora o Ibama tenha constatado que o volume de multas aplicadas por desmatamento ilegal entre janeiro e maio fora o
menor em 11 anos. Outro detalhe que pesa contra o Ibama, além de burlar as multas, está em uma nota divulgada por meio de sua assessoria de imprensa. Nela, o Ibama afirma que iria reprimir o desmatamento no sudoeste do Pará, contrariando normas de segurança do órgão que nunca anuncia publicamente aonde irá fiscalizar — se a fiscalização anunciar o local em que atuará, fica muito mais fácil para os infratores saberem como evita-lá. Quanto a essa defasagem, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem criticado o INPE, alegando que o melhor a fazer é contratar uma empresa privada para fiscalizar a Amazônia.
“No mínimo, isso se chama prevaricação. É você saber de um ilícito e não tomar providências” Rodrigo Agostinho, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados