Brasil Confidencial
Apesar de tropeçar com a acusação de que os funcionários públicos são parasitas, Paulo Guedes nunca teve tanto prestígio com Bolsonaro. Depois do enfraquecimento de alguns ministros, como Onyx Lorenzoni, e da fritura de outros, como Sergio Moro, Guedes reassumiu o papel de Posto Ipiranga, sendo consultado pelo presidente sobre tudo, inclusive a respeito dos passos que deve dar na reforma ministerial. Foi de Guedes a sugestão de ter Rogério Marinho no Desenvolvimento Regional no lugar de Gustavo Canuto. Marinho era o braço direito de Guedes na Secretaria de Previdência e Trabalho e agora terá como missão resolver a crise no Minha Casa, Minha Vida, que tem uma fila enorme de deputados não atendidos em seus pleitos para a construção de casas nos seus redutos.
INSS
No mesmo pacote de mudanças,
Guedes sugeriu que Bolsonaro transferisse Canuto para a presidência do Dataprev, a estatal que cuida do processamento de dados do INSS, onde há outro problemão para o governo resolver: a fila de milhares de brasileiros que não conseguem se aposentar ou resolver problemas de saúde.
Moro
Guedes também está orientando o presidente sobre a necessidade de outras mudanças de ministros e de assessores, que estão queimados na praça. Guedes já mostrou que é pé quente: indicou Moro a Bolsonaro, levando o ex-juiz à casa do então presidente eleito para a conversa final que o fez aceitar ser ministro da Justiça.