Brasil Confidencial
Parece que desta vez Bolsonaro acertou. Nomeou para o Ministério das Comunicações o deputado Fábio Faria, que pode não ser do ramo, mas vive o mundo das comunicações de perto. Afinal, é casado com Patrícia Abravanel, filha do maior comunicador do Brasil, Silvio Santos. Político com grande prestígio na Câmara, Faria reúne condições para mudar a truculenta estrutura de comunicações posta em prática, até aqui, pelo autoritário Fábio Wajngarten, chefe da extinta Secom. Wajngarten continuará auxiliando Faria, mas não terá mais o poder totalitário que tinha. Faria, certamente, democratizará o setor da comunicação, sobretudo se seguir os passos de seu antecessor no ministério no governo Temer, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido ao qual pertence.
Influente
Fábio Faria assumirá um ministério poderoso. Comandará um orçamento de R$ 2,3 bilhões e terá oito estatais sob seu guarda-chuva, como os Correios, Telebrás e a EBC. Sem contar que passará a administrar as verbas de publicidade do governo, estimadas em mais de R$ 200 milhões, além do dinheiro da propaganda da Petrobras, Caixa, BB, entre outras.
Ciúmes
A nomeação de Faria, contudo, está despertando ciumeira nos demais partidos do Centrão, que agora apoia Bolsonaro. O PP, de Ciro Nogueira, que só pegou secretarias e estatais, quer um ministério para chamar de seu. Já o Republicanos, do deputado Marcos Pereira, sonha em ter de volta o Ministério da Indústria e Comércio. Quem não chora não mama.