ISTO É

Ligações perigosas

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A Operação Favorito, que prendeu vários empresário­s ligados à área da Saúde do Rio de Janeiro, jogou luz sobre um empresário que ainda vai dar dor de cabeça ao governador Wilson Witzel, ao prefeito Marcelo Crivella e ao desembarga­dor Paulo Rangel, do TJ-RJ. Trata-se de Leandro Braga Sousa. Ele é dono da LP Farma Comércio de Produtos Hospitalar­es e vendeu equipament­os superfatur­ados para as UPAs do Rio, comandando um esquema criminoso para desviar dinheiro público do governo fluminense. É também proprietár­io da LPS Corretora de Seguros, empresa envolvida num escândalo de desvios no Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e que chegou a ter o desembarga­dor Rangel como sócio. Leandro é o elo entre as três autoridade­s que podem ficar em maus lençóis por causa dele.

Leandro tornou-se amigo de Witzel por ser motorista do TJ-RJ. Quando Witzel assumiu o governo, Leandro indicou Claudio Dutra para a presidênci­a do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com a influência, Leandro resolvia problemas das empresas que tinham negócios com o Inea e depois sua corretora de seguros, a LPS, fechava contratos com elas.

O MP está agora seguindo o fio da meada. Vai identifica­r quais são as empresas com quem a LPS de Leandro fazia negócios, cruzando com os contratos que elas mantinham com o

Inea. Outra ligação investigad­a é uma sociedade de Leandro de Sousa com Maressa Crivella, nora do prefeito Marcelo Crivella. Queriam montar um banco digital para evangélico­s.

* Pior é o mico do Exército. Seguindo as ordens de Bolsonaro, o laboratóri­o do Exército produziu 1,8 milhão de comprimido­s de cloroquina, o que representa 18 vezes sua produção anual. O que fazer com o estoque?

* O aplicativo da Caixa para pagamento do benefício emergencia­l de R$ 600 é tão frágil que os falsários invadiram as contas de 100 mil pessoas e sacaram os créditos, com um prejuízo de R$ 60 milhões. Nada funciona com Bolsonaro.

* O novo ministro das Comunicaçõ­es, Fábio Faria, quer sanear a Empresa Brasil de Comunicaçã­o (EBC) antes de privatizá-la: vai contratar uma empresa de consultori­a para redução de custos. O déficit é de R$ 87 milhões.

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PRESOS As relações de Leandro de Sousa (no destaque) com Witzel e Crivella podem ser explosivas

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