A censura voltou?
Depois de o presidente desejar encher de porrada a boca de um repórter que lhe perguntou por que Queiroz depositou
R$ 89 mil na conta de sua mulher, agora é a Justiça que segue seus passos e impõe censura à imprensa para proteger seus familiares. A juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro, proibiu que a TV Globo exiba documentos referentes às investigações sobre as “rachadinhas” que envolvem seu filho Flávio, contrariando os dispositivos constitucionais que garantem a liberdade de imprensa. Mas, afinal, o que o 01 tanto quer esconder? Não seria mais fácil ele explicar, de uma vez por todas, as acusações feitas pelo MP-RJ, segundo as quais ele teria usado a loja de chocolates da Kopenhagen, na Barra da Tijuca, para lavar pelo menos R$ 1,6 milhão?
Como os promotores quebraram os sigilos de todos os envolvidos, e o inquérito sobre as “rachadinhas” chegou ao final, eles já têm em mãos todos os elementos que explicam como Flávio comprou a loja sem ter lastro e se Alexandre Santini, suposto sócio, seria mesmo apenas um “laranja”. Em breve, o MP-RJ deve oficializar a denúncia contra o senador.
Todos esses documentos precisam vir a público por serem de interesse da sociedade. Certamente, em meio à papelada obtida com a quebra do sigilo bancário de Queiroz há muita coisa ainda obscura, além dos pagamentos à primeiradama e sobre a compra da chocolateria. Até porque, a decisão da juíza deve cair logologo, pois ainda não viramos a Venezuela.
* As declarações antivacina de Bolsonaro estão fazendo escola. Segundo pesquisa do Ibope feita para a ONG Avaaz, um em cada quatro brasileiros (25%) não estão dispostos a tomar os imunizantes contra a Covid-19.
* Os bolsonaristas usam, inclusive, as redes sociais para disseminar teses de que as vacinas são prejudiciais. Entre os que mais rejeitam a vacina estão jovens (34%) e evangélicos (36%), público influenciado por Bolsonaro.
* O prazo para o encerramento das convenções que escolherão os candidatos a prefeito termina na quartafeira, 16, mas muitas delas ocorrem neste final de semana e sem as tradicionais claques dos convencionais.