UM SILÊNCIO NADA INOCENTE
Como respostas aos gritos das ruas e da história do Brasil e do mundo, diante da resiliência danosa do racismo estrutural, ambientes sociais, com destaque para a Justiça, lentamente tem construído ações objetivas que fortalecem a máxima de que: não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.
Com esse tema, no Conselho Nacional de Justiça, Dias Toffoli criou um grupo de trabalho para construir propostas de combate ao racismo no sistema de Justiça. O Procurador Geral, Augusto Aras, o CNMP e CNJ, incluíram no Observatório Nacional da Justiça, a busca pela Igualdade e pelo fim da Discriminação Racial, como um pilar das políticas do judiciário. O Ministro Herman Benjamin, do STJ, instituiu cotas para professores negros no mestrado da Escola Nacional da Magistratura e Luiz Fux, Presidente do STF, anunciou a criação do Observatório dos Direitos Humanos, no CNJ. No executivo municipal, o prefeito paulista, Bruno Covas, cancelou a aplicação do mata – leão, como prática de ação na guarda civil municipal, e vai nomear 12 Centros de Educação com nomes de personalidades negras.
Mesmo o fugidio ambiente empresarial começa a se render ao novo normal.
Para combater o racismo estrutural não basta se afirmar como não racista, é preciso ser antirracista