Desmanche dos Partidos
Novos arranjos são feitos para planejar a eleição de 2022
Há uma antecipação clara do processo eleitoral de 2022. Neste cenário, os partidos passam por um verdadeiro desmanche. Alguns para criar forças, outros porque não conseguem manter seus quadros. A deputada Tábata Amaral conseguiu, por meio de ação no TSE, se desfiliar do PDT e manter o mandato. Ela disse que um dos motivos para sair da sigla foi a “quebra de expectativa e confiança”. Fato é que a deputada não apresenta um alinhamento político ao postulante à presidência, o ex-governador Ciro Gomes. Ele vê outros correligionários fazerem reiteradas críticas ao presidenciável, como é caso do deputado Túlio Gadelha. O pernambucano não confirma que sairá do partido, mas a aproximação com o PT aparece em suas publicações ostensivamente.
No PSL, o assédio de Bolsonaro causa desconforto. Muitos parlamentares se recusam a apoiar o presidente e o PSDB já teria uma aproximação com a deputada Joice Hasselmann e o deputado Júnior Bozzella, que estão sendo empurrados para fora da legenda. O DEM convive com o mesmo fantasma. O deputado Rodrigo Maia, desafeto do presidente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, partem para o confronto com o Planalto. Garcia já anunciou que será candidato a governador e está filiado ao PSDB. No PTB, a atuação de Roberto Jefferson, em favor de Bolsonaro, causou grandes estragos. O vicegovernador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, anunciou a saída, junto com seu grupo, e deve concorrer à sucessão no estado pelo PSDB. Nem só de novas filiações caminham os tucanos. O ex-governador Geraldo Alckmin pode sair e negocia com DEM e PSD.