ISTO É

Emmanuel Macron e Marine Le Pen saem-se mal nas eleições regionais

- Por Antonio Carlos Prado e Fernando Lavieri

Apesar de liderar na França as pesquisas de intenção de voto no primeiro turno para o pleito presidenci­al do ano que vem, Marine Le Pen, representa­nte da extrema direita com o partido político Reunião Nacional, viu a sua nefasta ideologia perder identifica­ção com os eleitores nas eleições regionais da semana passada. Tais eleições, em si, não são tão importante­s, mas não deixam de operar feito sinalizado­ras para o escrutínio nacional de 2022. Nessa linha de raciocínio, não apenas Le Pen, mas também a atuação dos políticos em geral anda em baixa junto à população francesa. O presidente do país, Emmanuel Macron, fundador do partido República em Marcha, também não foi prestigiad­o. Na contagem geral, 66,73% dos eleitores não votaram. Trata-se de um índice histórico de abstenção, superando o de 2015, que ficou na casa dos 50,9%. Mais marcante, no entanto, foi a derrocda de Le Pen. Considerav­a-se que o seu candidato, Thierry Mariani, sairia com uma vitória fenomenal na região ProvençaAl­pes-Côte

d’Azur, próxima da fronteira com a Itália. A projeção não se realizou. Resultados preliminar­es apontavam que ele conseguira 33% dos votos, com apenas três pontos percentuai­s à frente do conservado­r Renaud Muselier, do partido Os Republican­os. Se Le Pen e sua ideologia de extrema direita seguirem em baixa, a Europa e o mundo agradecem.

Basta ver os estragos que os líderes populistas causaram no Brasil, nos EUA ou na Inglaterra nesse quadro de crise sanitária. No Brasil, é uma terrível tragédia, com efeitos não somente para os valores democrátic­os, mas também para a vida das pessoas Florent Brayard, codiretor de “Historiciz­ar o mal”

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 ??  ?? DERROTA O presidente Macron e Le Pen, assim que acabaram de votar: surpresos dinte da alta abstenção no país
DERROTA O presidente Macron e Le Pen, assim que acabaram de votar: surpresos dinte da alta abstenção no país

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