ISTO É

Cansadas de crises, a classe média alta e as elites da Venezuela batem recorde na emigração para os EUA

- Por Antonio Carlos Prado e Fernando Lavieri

Aleitora e o leitor já viram inúmeras fotos similares a essa que está acima – e, como também o olhar acostuma-se ao que vê, fica claro que são imigrantes abandonand­o o seu país e tentando entrar legal ou ilegalment­e em outro território. Mas cadê as pessoas esquálidas e muito sofridas que singram dias e noites à deriva pelos mares? Eis aí uma profunda diferença. E novidade. Os imigrantes da imagem integram a classa média alta e a elite da Venezuela. Agora, estão eles deixando o que possuem porque não mais suportam a crise política, social e econômica em que vivem, não mais suportam a repressão, não mais suportam o totalitari­smo e a ignorância do ditador populista Nicolás Maduro. São banqueiros, médicos, professore­s, acadêmicos, advogados e engenheiro­s impedidos de ingressare­m nos EUA por meio de aviões: devido à pandemia os vistos dados pelo governo norte-ameriano ficaram extremamen­te restritos. O melhor jeito, então, é valerse dos rios mexicanos de fronteira, ainda que se corra o risco de ser sequestrad­o ou morto por traficante­s. Temse um recorde nessa imigração elitizada: entre meados de maio e o final de junho, cerca de sete mil e quinhentos venezuelan­os adentraram nos EUA pelo México. Eles chegam, entregam-se à polícia e aguardam por resposta ao pedido formal de asilo.

REALEZA

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DIÁSPORA Venezuelan­os ricos cruzam o Rio Grande e chegam aos EUA: esperança de receber concessão de asilo
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A estátua em memória de Lady Di nos jardins do Palácio de Kensington: carisma imortaliza­do
ETERNIZADA A estátua em memória de Lady Di nos jardins do Palácio de Kensington: carisma imortaliza­do

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