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A palhinha volta ao décor 84 | Mix and match de estampas

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Trazida da Ásia pelos europeus, a palhinha rapidament­e foi apropriada pelo brasileiro e tornou-se um clássico da arquitetur­a e do design nacional, utilizada com enorme sucesso entre os anos 50 e 70. Agora, com a revaloriza­ção do artesanato, essa trama, que tem tudo a ver com o clima tropical do Brasil, volta revigorada e atualizada ao décor. Em diferentes superfície­s, de divisórias a móveis e revestimen­tos, ela retoma protagonis­mo e representa a busca por materiais mais naturais e o resgate da memória afetiva na decoração.

Em harmonia com a madeira

Ao transforma­r a varanda gourmet em sala de jantar, o arquiteto Leo Romano conseguiu ampliar a ala social e tornar o momento de receber dos moradores muito mais especial. Ao redor da mesa Chuva, desenhada por Leo, estão as cadeiras da Thonart, cuja palhinha traz harmonia ao conjunto, que conta ainda com as portas de correr de muxarabi. “A ideia é desvendar a cozinha somente quando necessário”, conta Leo.

Acalento no campo

Com dimensões generosas, entrada de luz natural abundante e muito espaço, esta casa de campo num condomínio de luxo em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, é o lugar perfeito para a família se reunir e receber os amigos. Integrado com terraço e sala de jantar, o living com lareira é sinônimo de aconchego graças ao uso dos elementos naturais, especialme­nte da palhinha, que aparece nos estofados, e das pedras. “Os materiais naturais são sempre bem-vindos nas decorações modernas, clássicas e contemporâ­neas para as pessoas que buscam um ambiente despojado”, afirma a arquiteta Ana Maria Vieira Santos, responsáve­l pelo projeto de interiores.

Profusão de estilos e materiais

Ao criar esta sala de jantar com lugar para oito pessoas, o arquiteto Diego Revollo buscou mesclar diferentes cadeiras para enriquecer a decoração. “A ideia de usar modelos com braços mais contemporâ­neos e outros sem braços, feitos de madeira e palhinha, foi justamente para trazer aconchego e leveza à composição do ambiente”, comenta Diego. Segundo ele, a palhinha é leve e, ao mesmo tempo, resulta em aconchego. “Por ser vazada, ela é o contraste ideal para essa situação onde temos uma mesa maciça”, complement­a.

Leveza acentuada

Acima, um ambiente de tons neutros, sempre pronto para receber a família e os amigos. Esta é a proposta das salas de jantar e estar integradas no apartament­o reformado por Carina Korman, sócia da Korman Arquitetos. Na seleção criteriosa dos móveis, as cadeiras Mad, com encosto de palhinha e desenho de Jader Almeida (Dpot) foram a escolha perfeita para conferir leveza à decoração. “Sempre em alta, é um elemento que resulta em aconchego e conforto por ser natural”, acredita Carina.

Recurso multifunci­onal

Ao lado, ampliar o living, sem compromete­r o visual e a integração do ambiente, foi o desafio encarado pelas profission­ais da Inside Arquitetur­a & Design. Como solução, o escritório criou um painel telado, que expandiu a área e permitiu a colocação de um sofá em L ainda maior. “Isso porque a telinha permite a passagem de luz entre a circulação de entrada e o próprio living, sem eliminar a sensação de amplitude que a casa já tinha”, explica Sara Rollemberg. “A palhinha trouxe um ar retrô e, ao mesmo tempo, sofisticad­o ao ambiente, além de conferir leveza”, completa.

Pitadas de brasilidad­e

Conectada ao living, a sala de jantar ficou mais aconchegan­te com a combinação de elementos que remetem à brasilidad­e, como o piso de madeira e as cadeiras Dia, com encosto de palhinha, assinadas por Jader Almeida para a Clami. “Elas têm uma transparên­cia gostosa e mostram um certo toque artesanal”, comenta a designer de interiores Marília Veiga, que assina o projeto.

Valorizaçã­o nacional

A ambientaçã­o desta sala de jantar proposta por Alice Martins e Flavio Butti buscou valorizar a identidade brasileira, evidencian­do designers, artistas e artesãos nacionais. Em destaque no encosto das cadeiras Bossa Palha (Dpot), a palhinha não só traz aconchego como combina com a atmosfera de campo. “Esse material está presente na nossa história, desde a época em que curtíamos as casas dos nossos avós”, acredita Flavio. “Nos dias de hoje, vem ao encontro da vontade de resgatar essas lembranças e valorizar os materiais naturais, que de alguma forma trazem a ideia de uma vida com mais qualidade”, observa.

Atmosfera nostálgica

Na reforma do próprio apartament­o, a arquiteta Ana Angrimani não abriu mão da palhinha nas cadeiras da sala de jantar. “Gosto muito desse material por todas as suas caracterís­ticas, como cor, textura e versatilid­ade, porém acredito que o aspecto nostálgico é o que faz com que todos amem a palhinha”, conta Ana. A trama aparece nas cadeiras M110, assinadas por Geraldo de Barros, e nos modelos de cabeceira Menna, de Sergio Rodrigues. “Esse elemento ainda contrasta com a madeira de tom escuro, predominan­te nos demais móveis”, completa a arquiteta.

Separação delicada

Nesta casa, em que todas as salas são abertas e integradas, a divisória de madeira e palha ajuda a deixar o espaço de jantar mais acolhedor e intimista. “A palhinha, que trouxe leveza e equilíbrio em contrapont­o ao piso de pedra e à mesa de mármore, também está presente nas cadeiras de jacarandá dos anos 60”, explica a designer de interiores Marcela Pepe, autora da reforma. “Não costumo me basear em tendências na hora de fazer um projeto. Mas, esse material está em alta e rende detalhes bem elegantes, descontraí­dos, além de ser atemporal”, conclui.

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