O que fazer para evitar dores de cabeça na Black Friday
MMaria Cristina Diez * | cristina@most.com.br
al começou novembro e já há muita gente pensando nas compras do fim do mês. O sucesso da Black Friday nos Estados Unidos se repetiu no Brasil desde que virou moda por aqui há alguns anos, e desde então passou a ser uma das datas mais importantes do ano para o comércio. É um período em que a população aproveita para ir às compras diante de preços bastante atrativos, ainda que algumas vezes enganosos. Em 2021, ainda no calor da pandemia, o faturamento do comércio eletrônico na Black Friday ultrapassou os R$ 5,4 bilhões, de acordo com a Neotrust. E é justamente o e-commerce onde mora o principal perigo do consumidor que pretende ir às compras e dos comerciantes que alimentam a expectativa de aquecer as vendas na data. Isso porque o risco de fraudes aumenta à medida em que mais pessoas recorrem às compras pela internet. Ao longo de todo o ano passado, foram mais de 4 milhões de movimentações suspeitas no país, segundo dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Isso liga o sinal de alerta em relação aos sistemas de segurança digital no processo de compras online. Hoje existe uma falsa impressão de que essas tecnologias são asseguradas apenas por empresas de grande porte, quando na verdade é antes de tudo uma necessidade primordial a todo empreendedor que atua no e-commerce. Existem tecnologias de proteção dos dados e identificação do comprador que exigem comprovações em duas ou mais etapas, inibindo as ações dos fraudadores. Ao mesmo tempo, isso dificulta o acesso a dados de terceiros já no onboarding, antes mesmo de ter acesso à conta do usuário. Vale lembrar que essa restrição deve acontecer já na porta de entrada, de modo a impedir que o bandido realize compras indevidas que geram prejuízos às lojas e
vítimas. Por isso, para o consumidor que tem interesse em aproveitar as tentações da Black Friday, a recomendação é de comprar em sites que ofereçam segurança digital antes de entrar na página de checkout - aquela em que é necessário fornecer dados sensíveis, como o número do cartão de crédito ou de débito para efetivar a compra. Já o ecommerce precisa servir-se dos aparatos digitais disponíveis para garantir a proteção dos dados do consumidor, explorando as potencialidades da inteligência artificial (IA) que limitem também o acesso de fraudadores ao seu sistema. Isso significa ir muito além de recursos que se restringem a gerar senhas de acesso. Hoje há ferramentas inovadoras que exigem do usuário também a sua identificação, como são os casos do Face Match e do Liveness, duas tecnologias que realizam o reconhecimento em tempo real antes de dar acesso à página em si. Realizar transações comerciais num ambiente com potencial de ser pernicioso devido à multiplicidade de usuários, inclusive mal intencionados, deve ser precedido de cuidados redobrados. A Black Friday pode ser uma ótima oportunidade de fazer compras, desde que venha com a garantia de segurança.