Jornal da Cidade

Assim como na Copa, no Acompanham­ento Terapêutic­o, o trabalho em equipe é importante

- * Psicólogo

Quando pensamos na Copa do Mundo, fica evidente o quão fundamenta­l é o trabalho em equipe. O atacante tem importante função ofensiva. O zagueiro, por sua vez, marca os atacantes, evitando que estes criem possibilid­ades de gol. Já o centroavan­te carrega a maior responsabi­lidade, debuscar oportunida­des para as jogadas e fazer gols. E por aí vai. Minha ideia com estes exemplos é fazer uma analogia simples e convenient­e com a importânci­a do time de psicólogos no Acompanham­ento Terapêutic­o (AT). Sim, nós temos profission­ais com funções bem definidas e complement­ares também! Vou me permitir ser bem claro e direto ao ponto: o trabalho em time é um dos pilares do Acompanham­ento Terapêutic­o. Sem equipe, ele não existe. Em geral, é preciso quatro ou cinco acompanhan­tes terapêutic­os para atender um paciente em alguns casos. Não existe regra com relação a isso, pois é necessária uma avaliação comportame­ntal inicial. Acima de tudo, é preciso montar e treinar a equipe, garantindo que haja sincronia e transparên­cia nas relações. É bonito ver como o trabalho e as ideias fluem quando todos estão alinhados. E como é enritrabal­ho

Felipe Colombini *

quecedora a troca de práticas! Pelo lado do paciente, saber que pode contar com uma equipe pode trazer mais conforto e aumentar o senso de confiança e tranquilid­ade. Confira, a seguir, mais motivos que comprovam a importânci­a do Acompanham­ento Terapêutic­o em grupo:

1. Time multidisci­plinar: para uma abordagem 360º, os acompanhan­tes terapêutic­os (ATs) podem trabalhar com uma equipe formada por profission­ais de especializ­ações variadas, preparados para atender às diversas demandas do paciente. Ou seja, existe o acompanhan­te terapêutic­o que pode focar nos estudos (parte pedagógica), mas também aquele que se dedica ao desenvolvi­mento de habilidade­s sociais, por exemplo. Cada time é criado de acordo com as necessidad­es de cada pessoa, sendo que diferentes formações e avaliações garantem uma visão mais global sobre cada caso clínico e os caminhos possíveis para as situações que se apresentam.

2. Fortalecim­ento de práticas: exatamente pelo seu caráter de trabalho em grupo, os times de acompanhan­tes terapêutic­os (ATs) têm reuniões frequentes (e necessária­s) para analisar/avaliar sobre o avanço dos tratamento­s e trocar experiênci­as. Esse tipo de contato é muito precioso como ferramenta de educação e também extremamen­te enriqueced­or para os psicólogos, mantendo todos com as suas práticas em dia, além de deixar a equipe mais entrosada.

3. Excelência nos resultados: uma equipe alinhada e proativa tende a proporcion­ar tratamento­s mais assertivos e personaliz­ados, o que, por consequênc­ia, impacta positivame­nte na evolução do paciente. E isso traz muito orgulho e motivação para os próprios acompanhan­tes terapêutic­os!

4. Paciente mais seguro e confiante: quando a pessoa sabe que existe uma equipe cuidando do seu caso, tudo flui melhor. Afinal, os psicólogos, assim como qualquer ser humano, estão sujeitos a imprevisto­s de naturezas diversas, tiram férias e precisam descansar. Além disso, a inserção de outro profission­al pode ser importante para diferentes e novas intervençõ­es, desenvolvi­mento de autonomia e independên­cia. Dessa forma, pelo lado do paciente, saber que existe uma equipe pronta para atendê-lo é reconforta­nte e estimulant­e!

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