Jornal do Commercio

Dólar bate novo recorde: R$ 5,26

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Por um lado, o noticiário negativo, com a deterioraç­ão cada vez mais nítida da economia global, e, por outro, as incertezas, até os anúncios de ontem à noite, inerentes às dificuldad­es do governo brasileiro em efetivar a ajuda a desassisti­dos e empresas deram base para a corrida dos investidor­es para a proteção. Assim, o dólar iniciou o mês de abril –e o segundo trimestre de 2020 – em um novo nível histórico, cotado a R$ 5,2628, em alta de 1,27%, após ter galgado até R$ 5,2741 na máxima do dia.

Para Marcos Ross, economista sênior da XP Investimen­tos, a evolução da pandemia do coronavíru­s nos Estados Unidos e as afirmações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) indicando que o país está sentindo o golpe fortalecem o movimento de busca por segurança. “Com a maior economia do mundo sucumbindo, a percepção que se tem é a de que a recessão global pode ser muito forte mesmo”, diz Ross, que acrescenta a esse cenário a retração dos preços das commoditie­s.

Já o Ibovespa fechou ontem em baixa pelo segundo dia, embora com perdas mais moderadas do que as observadas em Nova York. O principal índice da B3 encerrou o dia em queda de 2,81%, aos 70.966,70 pontos, na sequência de uma perda de 2,17%, na terça, e de um ganho de 1,65% na segunda-feira – em Nova York, os três índices de referência tiveram perdas na casa de 4,4% na sessão.

Na semana, o Ibovespa cede 3,35% e, no ano, perde agora 38,63%, após ter encerrado o pior trimestre de que se tem registro na B3.

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