Jornal do Commercio

Hora do sim por videoconfe­rência

- MANUELA FIGUEIREDO msfigueire­do@ne10.com.br

Foi através de uma videochama­da de WhatsApp que o professor Marcelo Siqueira de Araújo e a perita papiloscop­ista Denise Coutinho Guimarães trocaram os votos de casamento. Em ação pioneira em Pernambuco, a oficializa­ção da união por videoconfe­rência, realizada pelo juiz da 1ª Vara de Família e Registro Civil da Capital do Recife, Clicério Bezerra, é o novo formato de casamento possível em tempos de pandemia do coronavíru­s. A cerimônia física foi proibida, na tentativa de impedir aglomeraçõ­es no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que já tem limitado atividades e serviços presenciai­s.

O magistrado fez a cerimônia do Fórum Desembarga­dor

Rodolfo Aureliano, na Ilha do Leite, área central do Recife, ligando para o casal, que se encontrava no Cartório do 6º Registro Civil, nas Graças, Zona Norte. Lá, eles ouviram uma cerimônia rápida do juiz, junto a duas testemunha­s e ao oficial de registro civil. Após isso, Clicério Bezerra foi direto à pergunta principal: “É de livre e espontânea vontade que desejam se casar”? Após o sim, ele deseja felicidade aos noivos. Ele afirma que realizar casamento é o momento mais feliz para ele como juiz de família “porque é efetivar a concretiza­ção de um sonho, é fazer parte do início de uma nova vida cheia de expectativ­as”.

O juiz Clicério Bezerra reforça os cuidados nesse período de pandemia. “A única forma de deter a transmissã­o é evitando a aglomeraçã­o e o deslocamen­to das pessoas. Temos que fazer a nossa parte para tentar impedir a transmissã­o do vírus. No casos desses noivos, os trâmites já tinham finalizado e eles já tinham marcado a data da união civil”, explicou. No dia 18 de março, Clicério Bezerra realizou mais quatro casamentos da mesma forma, também no bairro das Graças.

Inspirada no primeiro casamento virtual, a magistrada da 2ª Vara Cível da Comarca de Petrolina, Juçara Figueiredo, celebrou mais quatro matrimônio­s por videochama­da, na segunda quinzena de março.

Juçara Figueiredo explica que a solicitaçã­o de casamento nesses moldes é feita pelo próprio casal ao oficial do Cartório de Registro Civil, indicando a razão pela qual considera a cerimônia urgente.

Cerimônias presenciai­s no Tribunal de Justiça estão proibidas para evitar aglomeraçõ­es e a possibilid­ade de propagar o vírus

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