Jornal do Commercio

Olhar abrigado do tempo

PASSEIO VIRTUAL joaovsrego@gmail.com A Cinemateca Pernambuca­na, gerida pela Fundação Joaquim Nabuco, disponibil­iza acervo gratuitame­nte para o público

- JOÃO RÊGO de 1924. Até os sucessos mais recentes da nova safra de diretores pernambuca­nos”.

Fechados para evitar aglomeraçõ­es no combate a disseminaç­ão do coronavíru­s, equipament­os culturais do Recife vêm movimentan­do as redes sociais para manter o acesso do público à cultura. Um deles é a Cinemateca Pernambuca­na, que completou dois anos de existência. O equipament­o, gerido pela Fundação Joaquim Nabuco, disponibil­iza um extenso acervo de filmes pernambuca­nos para serem vistos online através do seu site cinemateca­pernambuca­na. com.br. O acesso é gratuito e disponível para todos os públicos.

Além de longas e curtas, é possível encontrar cenas extras e making off com bastidores de grandes obras pernambuca­nas, como o longa Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda, e Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes.

O acervo dispõe de um total de 261 obras, com produções entre clássicos históricos de 1923 até títulos recentes deste século. Uma boa oportunida­de para mergulhar na história cronológic­a do cinema pernambuca­no. Entre os antigos, a Cinemateca disponibil­iza a coleção Super-8 do cineasta e jornalista Geneton Moraes Neto, obras do importante Ciclo do Recife, com filmes como A Filha do Advogado (1927), e Aitaré da Praia (1926).

Estão disponívei­s também o clássico O Canto do Mar (1952), de Alberto Cavalcanti, e filmes de realizador­es como Jomard Muniz de Britto e Katia Mesel. Da cineasta é possível assistir Recife de Dentro pra Fora, O Rochedo e a Estrela (com acessibili­dade comunicaci­onal), entre outros.

De obras mais recentes, o acervo traz a coleção completa de filmes de Camilo Cavalcante, incluindo o longa A História da Eternidade (2014), protagoniz­ado por Irandhir Santos; a coleção Adelina Pontual, com seus curtas e o documentár­io Rio Doce/CDU (disponível também com acessibili­dade comunicaci­onal), além de obras de importante­s nomes do cinema recente como Gabriel Mascaro, Hilton Lacerda e Dea Ferraz.

Para a criançada, a Cinemateca

possui no catálogo boas produções do cinema de animação pernambuca­no, como Salu e o Cavalo Marinho, de Cecilia da Fonte, A Saga da Asa Branca, de Lula Gonzaga, A Árvore do Dinheiro (uma animação toda em cordel), de Marcos Buccini e Diego Credidio, entre outras.

Boa parte do acervo também dispõe de filmes com acessibili­dade comunicaci­onal para pessoas com deficiênci­as visuais e auditivas, por meio da Audiodescr­ição e Libras.

“É gratifican­te saber que podemos oferecer uma programaçã­o de qualidade para as pessoas que estão sem sair de casa, nesse momento delicado que estamos passando. A Cinemateca Pernambuca­na conta com a adesão de 46 diretores, com 261 filmes disponívei­s para o acesso on-line no nosso portal”, diz Ana Farache, coordenado­ra do Cinema e da Cinemateca Pernambuca­na da Fundação Joaquim Nabuco.

“São documentár­ios, ficção, animações, séries de televisão e filmes acessíveis para deficiente­s visuais e auditivos. O filme mais antigo é o documentár­io Recife no Centenário da Confederaç­ão do Equador,

ANIVERSÁRI­O

Há dois anos, o cenário audiovisua­l pernambuca­no ganhava um importante espaço para a preservaçã­o e difusão de suas obras. Era inaugurada a Cinemateca Pernambuca­na, vinculada à coordenaçã­o do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e instalada no edifício-sede, em Casa Forte.

A iniciativa foi resultado de uma parceria com a coordenaçã­o do Cinema da Universida­de Federal de Pernambuco e com a Roquette Pinto/TV Escola, instituiçõ­es vinculadas ao Ministério da Educação.

Seu acervo é dividido em dois eixos. A parte histórica é formada por cartazes, livros, figurinos, roteiros, recortes de jornais, e equipament­os, como câmeras e acessórios. Do outro lado, o fílmico é composto pelos filmes coletados e disponibil­izados para consulta presencial ou via internet no portal da Cinemateca. Tudo aberto ao público e gratuito.

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VALOR A coleção da Cinemateca dispõe de um total de 261 obras, entre clássicos datados de 1923 até títulos recentes deste século. Uma oportunida­de para mergulhar na história cronológic­a do cinema pernambuca­no. Boa parte do acervo também dispõe de filmes com acessibili­dade comunicaci­onal para pessoas com deficiênci­as visuais e auditivas

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