Nunca deixando de acreditar no futuro
Omundo vive os dias mais desafiadores das últimas décadas. Até pouco tempo, não imaginávamos uma situação minimamente semelhante à atual, onde a população assiste perplexa ao desenrolar de uma pandemia que avança rompendo fronteiras. Olhamos atordoados países que já enfrentam níveis mais avançados da doença. E é justamente essa capacidade de observação de condutas assertivas e equivocadas que se apresenta como vantagem - se é que podemos definir assim o atual cenário. E é através de uma imprensa vigilante e séria que essa distância geográfica vem sendo reduzida.
Nós, do Jornal do Commercio, caminhávamos para fechar o ciclo de celebrações pelo centenário do veículo, iniciado em 2019, e que no dia de hoje chega aos seus 101 anos. Entre as milhares de manchetes publicadas, nunca pensamos que chegaríamos a noticiar tamanha ameaça, com nível de isolamento social tão elevado e com riscos tão sérios à coletividade.
Dos 101 anos de história, falo com mais propriedade dos últimos 33, período em que passei a estar à frente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação após aquisição realizada em 1987.
Sou empresário cujo DNA é predominantemente de varejo. Atuar com Comunicação foi e ainda é um desafio - seja pelas constantes transformações pelas quais passa o setor ou pelo tamanho da responsabilidade que é transmitir fatos importantes para a sociedade, sempre baseados em fontes de credibilidade, checagem de dados, e análises sobre o impacto na população.
Neste momento, infelizmente, vivemos duas doenças simultaneamente: a COVID 19, ainda sem vacina ou remédio 100% eficaz, e a enfermidade das mentes doentias que produzem, incansavelmente, notícias falsas, sem fundamento científico, mas que são capazes de matar pela desinformação que causam.
Nos vários momentos de incerteza do setor de Comunicação, seja por fatores externos e conjunturais, ou mesmo pelas definições operacionais de cada empresa, sempre nos apoiamos no alicerce do compromisso com a sociedade.
Trabalhar com comunicação de forma responsável é saber dar relevância e voz aos mais diferentes pleitos em prol da sociedade. Neste momento, o pleito é pela vida das pessoas. Nossa atuação como Sistema, que envolve TV Jornal, Rádio Jornal, NE10 eo próprio Jornal do Commercio, tanto na capital quanto no interior, nunca foi tão fundamental para ajudar as famílias a enfrentarem essa pandemia munidas de dados científicos e orientações médicas. Deixando de lado tanto o alarde infundado quanto a inercia que, na verdade, esconde outras prioridades.
É a relevância da informação responsável que nos dá forças para seguir atuando. Em meio a um período tão desafiador que todos os setores da economia e famílias estão vivendo, fortalecemos a chama da informação de qualidade e das marcas de mídia em todas as plataformas.
Se ter acesso à informação sempre foi capaz de mudar o rumo da história, agora estamos diante de um momento em que a responsabilidade por difundir orientações corretas e balizadas, sem demagogia ou populismo, é capaz - literalmente – de salvar vidas.
Cada crise é uma crise.
E a única certeza que temos é que sairemos de mais uma. Por mais complexa que seja. Mesmo sendo esta diferente das que já enfrentamos, continuamos acreditando que, com mais ou menos danos, com maiores ou menores perdas, vamos reconstruir nosso caminho, seguir em frente e recuperar os espaços perdidos.
Só não recuperamos a vida.
Por isso, se faz tão relevante neste momento a difusão de informações que ajudem a todos a proteger sua saúde. Reafirmamos nosso compromisso com a informação séria e necessária, e nos mantemos esperançosos de que, em breve, estaremos de volta às nossas rotinas, construindo, trabalhando, progredindo. E o mais importante: nunca deixando de acreditar no futuro.