Fernando Castilho
Polo de Confecções do Agreste vai produzir máscaras para unidades de saúde.
Após uma mobilização que se iniciou a partir da produção de máscaras por diversas instituições públicas e privadas no Estado, está começando uma conversa entre os empresários do Polo de Confecções de Pernambuco, no sentido de aproveitar a oportunidade que a epidemia pode representar para o setor. As conversas vieram depois de produção de escudos faciais (faces shields) em impressoras 3D e aventais de uso hospitalar dentro de padrões exigidos pelas normas da ABNT para doação da rede pública para proteção no enfrentamento da covid-19 .
A ideia dos empresários do agreste é usar a expertise da produção de roupas nos municípios de Caruaru, Toritama e Santa Cruz para se tornarem fornecedores regulares desses itens para o governo do Estado, hospitais privados, instituições de apoio e demais estados que enfrentam a falta desses equipamentos de proteção individual cuja demanda passa a ser medida em milhões,
A proposta é reorientar uma parte do parque de máquinas do Polo de Confecções para um programa que vá muito além das doações feitas voluntariamente. A ideia é passar a atender as necessidades do governo de forma que as máquinas de costura sejam usadas para produzir máscaras e uma linha completa de aventais, e até jalecos de uso nos hospitais. Primeiro, porque o governo pode ser o primeiro comprador e, segundo, porque existe um mercado regional, e até nacional, para ser atendido.