Jornal do Commercio

Venda deThiago é detalhada

- FERNANDO CASTRO esportes@jc.com.br

O Flamengo detalhou as finanças da última temporada em balanço divulgado nesta semana, incluindo os valores da compra do atacante Thiago, vendido pelo Náutico. De acordo com o relatório do clube carioca, o jogador foi negociado por R$ 4,913 milhões, valor abaixo dos R$ 7 milhões especulado­s pela imprensa do Rio de Janeiro na época. O valor total recebido pelo Timbu diminuiu devido ao abatimento de algumas dívidas do clube e a desvaloriz­ação do Real.

De acordo com a diretoria do Náutico, parte do valor da negociação foi destinado para o abatimento de dívidas. O time pernambuca­no devia ao Flamengo um valor envolvendo o empréstimo do meia Vinícius Pacheco, em 2013. A dívida com a Agência 90 minutos, que representa­va o meia chileno Daniel "Chuck" González, que jogou no Timbu em 2009, também foi abatida. Além das dívidas, a desvaloriz­ação do Real em relação ao Euro, moeda na qual o negócio foi feito, também influencio­u no valor recebido pela venda ser menor.

Depois de Thiago ser vendido, o Náutico não divulgou os valores da negociação alegando uma cláusula de confidenci­alidade imposta no contrato. O clube pernambuca­no apenas informou que manteve 18% dos direitos econômicos do jogador. Ainda de acordo com o relatório financeiro divulgado pelo Flamengo, a maior parte da transação será paga nesta temporada. Assim, o Náutico ainda vai receber R$ 3,51 milhões, como informou o balanço.

A venda do atacante Thiago continua sendo a maior da história do Náutico, superior à negociação envolvendo o lateral-esquerdo Douglas Santos, vendido em 2013 ao Granada-ESP por R$ 4,5 milhões. No ano passado, além de Thiago, outros dois jogadores foram vendidos.

O volante Luiz Henrique foi negociado com o Moreirense por pouco mais de R$ 1 milhão, com o Náutico mantendo 20% dos direitos econômicos do jogador. Já no primeiro semestre do ano passado, o atacante Robinho teve 50% dos direitos vendidos ao Bragantino por R$ 1 milhão. O time alvirrubro permaneceu com 35% dos direitos econômicos, enquanto os outros 15% pertencem ao atleta.

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