Tininho vê CBF sensível à ajuda
SANTA CRUZ
Os jogadores do Sport entraram de férias na última quarta-feira, mas a direção rubro-negra ainda não chegou a um acordo com o elenco sobre a redução salarial. Em entrevista ao
e o presidente Milton Bivar não se mostrou apressado para definir a situação. Ele ainda frisou que aguarda a nova reunião da Comissão Nacional de Clubes (CNC) para avaliar as ações dos demais clubes e amadurecer a ideia para encontrar um denominador comum com os atletas.
“Ainda não chegamos em um acordo. Tem tempo ainda. Vamos aguardar a próxima reunião da Comissão Nacional dos Clubes (CNC) no dia 7 para conversar e saber o que os demais decidiram. Quem sabe tomar uma decisão em conjunto”, afirmou o mandatário.
Até o momento, o Leão tem honrado os compromissos com os jogadores e demais funcionários do clube. Porém, a direção espera que a dificuldade financeira aperte a partir deste mês de abril. Já no início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus o clube contabilizou uma queda de três mil sócios – veja matéria na página 20.
Ainda não existe uma previsão para o retorno do calendário brasileiro de futebol. A última partida do Sport aconteceu no dia 15 do mês passado. Na ocasião, o time rubro-negro perdeu por 2x1 para o Ceará, fora de casa, na penúltima rodada da primeira fase da Copa do Nordeste.
A paralisação no futebol atrapalhou o planejamento do Leão de reforçar o elenco do técnico Daniel Paulista. Sem jogos, as negociações pararam e vários indefinições surgiram diante do clube no mercado. Por outro lado, o Sport já espera o atacante Ronaldo, do Santo André, a partir do próximo dia 11. Ele já tem um pré-contrato assinado.
Os clubes da Série C continuam na busca de auxílio financeiro da CBF para este período de pausa por conta da pandemia do novo coronavírus. Ontem, o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, que também é representante dos 20 clubes da Terceirona nas negociações com a instituição, encaminhou a entidade o documento com o pedido. O mandatário coral se mostra otimista quanto a um desfecho positivo para as agremiações que, por não receberem cotas de transmissão, passam por mais dificuldades ainda.
“A CBF tem sido muito solícita com os clubes da Série C, tanto que com um pedido nosso já conseguimos mudar o regulamento que vinha em mata-mata por muitos anos. Estamos com muita tranquilidade aguardando a resposta, sabendo que a CBF tem se sensibilizado com a dificuldade recente do futebol brasileiro e o impacto que a pandemia tem causado. Certamente ela vai ter essa sensibilidade de ajudar os clubes da Série C”, afirmou Tininho, como é conhecido o mandatário coral.
Uma das dificuldades que, não somente o Santa Cruz, mas as demais equipes no futebol mundial tem enfrentado, é sobre o pagamento dos salários dos jogadores e demais funcionários. Isso porque sem os jogos, para de entrar o mesmo volume de receita. Desta maneira, a ajuda que a CBF pode dar aos clubes da Terceira Divisão será fundamental para cobrir boa parte desses custos. Só que Tininho prefere não atrelar o pagamento a essa verba que virá da entidade. Para ele, a preocupação maior é manter em dia, independente deste valor (não divulgado) ser repassado ou não.
“Não vamos condicionar uma coisa a outra. É claro que toda receita, em um momento como esse, é bem-vinda. Até porque muita coisa da nossa previsão orçamentária foi por água abaixo na questão de patrocinador, receita de sócios, não realização de jogos, então diminui toda a nossa receita, que é muito ligada aos jogos. Aí quando se interrompe isso, você quebra todo um ciclo. Mas não vamos condicionar uma coisa a outra. Temos tido um contato permanente com o nosso elenco, e claro que a gente espera algumas medidas até do próprio governo federal, do que podemos com relação a nossos funcionários, que devem ser vistos com muito cuidado da nossa parte”, finalizou.