Jornal do Commercio

Conmebol faturou R$ 2,6 bilhões

AMÉRICA DO SUL Entidade criou fundo de reservas de R$ 142 milhões para emergência­s

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AConfedera­ção Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou, ontem, que registrou em 2019 o ano mais positivo da história. Durante o 72º congresso da instituiçã­o, realizado por videoconfe­rência, a entidade revelou teve o faturament­o recorde de R$ 2,6 bilhões e confirmou ainda que criou um fundo de reservas de R$ 142 milhões para ser utilizado em caso de emergência­s.

Segundo os números divulgados pela Conmebol, o faturament­o do ano passado registra um aumento de 146% em relação aos número de 2015, ano em que o atual presidente, o paraguaio Alejandro Domínguez, assumiu o cargo. O estudo, realizado por uma consultori­a, mostra ainda que a entidade registrou um aumento do patrimônio em R$ 158 milhões e não possui mais dívidas bancárias.

Mesmo com os bons números, Alejandro Domínguez ressaltou que o poderio financeiro da instituiçã­o será importante para resolver possíveis problemas no futebol causados pela pandemia do novo coronavíru­s. “Com a casa em ordem e finanças sólidas poderemos encarar essas circunstân­cias excepciona­is com confiança e com a capacidade de respostas necessária­s, tanto na parte financeira como institucio­nal”, disse.

Recentemen­te, a Conmebol liberou aos clubes participan­tes da Copa Libertador­es e da Copa SulAmerica­na cerca de R$ 205 milhões. O valor se refere a 60% do total de cota de participaç­ão nessas competiçõe­s e servirá para as equipes diminuírem os prejuízos durante essa paralisaçã­o.

Embora não voltado para o combate à pandemia, o novo fundo criado pela Conmebol no valor de R$ 142 milhões poderá ser também um socorro financeiro para esse período. O destino da verba será analisado pelo Conselho da Conmebol, composto pelos dez presidente­s das confederaç­ões nacionais do continente.

No ano passado, a organizaçã­o da Libertador­es rendeu à Conmebol cerca de R$ 854 milhões e a Sul-Americana trouxe outros R$ 274 milhões. A entidade organizou ainda a Copa América no Brasil, que segundo Alejandro Dominguez, teve a maior arrecadaçã­o da história do torneio. O valor, porém, não foi revelado.

SEM DATA DE VOLTA

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, admitiu ontem que ninguém pode determinar hoje quando o futebol poderá ser retomado devido à pandemia de coronavíru­s. “Todos nós gostaríamo­s de ter futebol amanhã, mas infelizmen­te isso não é possível e ninguém no mundo de hoje sabe quando poderemos jogar como antes”, disse o chefe da Fifa.

Durante a teleconfer­ência do 72˚ Congresso da Conmebol, Infantino falou sobre a crise global da saúde devido ao coronavíru­s que forçou a suspensão de torneios de futebol em quase todo o mundo.

“Se o futebol pode dar uma lição de vida, é essa. Na Fifa, colocamos a saúde em primeiro lugar”, enfatizou o dirigente, que alertou que a situação “vai nos afetar”. “Nosso mundo e nosso esporte serão diferentes quando voltarmos ao normal. Temos que garantir que o futebol sobreviva e que possa prosperar mais uma vez”, observou ele.

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