Indústria fica de fora e reclama
Fora do grupo de contemplados pelo adiamento do ICMS, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) alertou que a medida anunciada pelo governo do Estado ontem “não evita a queda na produtividade, o desemprego e o fechamento de negócios no curto prazo”.
De acordo com a Fiepe, as mudanças no ICMS eram as mais aguardadas entre os empresários, já que as empresas, a partir de agora, veem os seus fluxos de caixa e a sua cadeia de suprimentos ainda mais inviabilizados. “Uma vez que as indústrias foram duramente atingidas pela crise, torna-se impossível seguir pagando o ICMS, os salários, os custos fixos, as taxas, entre outras despesas, como se a economia estivesse a todo vapor”, alertou o presidente da federação, Ricardo Essinger.
Segundo ele, a Fiepe avalia como positivas as decisões do governo do Estado, mas acredita ser fundamental pontuar o que não foi contemplado. Os pedidos incluíam renegociação de débitos tributários; ampliação, flexibilização e desburocratização de linhas de crédito; prorrogação de 90 dias para o pagamento de taxas de serviços essenciais para o setor produtivo, como gás e água, assim como do ICMS, entre outros pleitos.
Procurado, o secretário da Fazenda de Pernambuco não atendeu a reportagem até a publicação deste matéria. Em comunicado, a Sefaz disse que todas as medidas anunciadas foram baseadas em estudos recentes promovidos por diversas Secretarias integrantes do Comitê Estadual Socioeconômico de Enfrentamento à covid-19, colegiado criado pelo governo do Estado para articular ações conjuntas de enfrentamento aos efeitos da pandemia na economia.