Esforço pelo emprego
CORONAVÍRUS Manifesto é assinado por grupos fortes de varejo, indústria e serviços
Grupo de 40 grandes companhias nacionais cria manifesto de responsabilidade social pela manutenção dos empregos.
SÃO PAULO – “Esta é uma convocação de empresário para empresário”, diz o manifesto assinado por 40 grandes empresas que lança o movimento #NãoDemita. Dentre as companhias que endossam o movimento estão varejistas como o Grupo Pão de Açúcar e o Magazine Luiza, grandes bancos, fabricantes de alimentos, empresas de tecnologia, saúde e investimentos.
“A primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você – começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio. É por isso que nossa maior responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários”, diz o documento publicado no site da campanha: naodemita.com. Empresários de todos os setores e dimensões podem assinar o manifesto e se juntar ao movimento no próprio site.
A campanha teve repercussão positiva nas redes sociais. Um dos que destacou o movimento foi o cientista pernambucano e fundador do C.E.S.A.R, Silvio Meira. “Algumas das empresas mais responsáveis do BRASIL estão no movimento #NÃODEMITA, que estimula empresários a PROTEGER os postos de TRABALHO durante a crise. No @porto_ digital já estão #ACCENTURE, #STEFANINI, #CESAR e #TDSCOMPANY. Qualquer negócio é #GENTE”, tuitou Meira. .
RETOMADA
O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, entende que a economia voltará a retomar a trajetória do crescimento a partir do segundo semestre. No entanto, de acordo com ele, este crescimento, do ponto de vista dos setores, não será linear.
Neste contexto, de acordo com Honorato, o setor de serviços será o último a se recuperar. Com o lockdown, de acordo com o economista do Bradesco, ocorreu uma realocação dos gastos de fora para dentro dos domicílios. Ou seja, as pessoas passaram a gastar menos com restaurantes, por exemplo, e focaram em alimentos para preparo em casa.
Por isso, segundo Honorato, no curto prazo, os indicadores de inflação passarão a sofrer pressões de alimentação no domicílio e de produtos de higiene, mas deixará de sofrer pressão dos serviços.
Passado o lockdown, “os gastos com serviços voltarão mais lentamente”, avalia Honorato.
Do ponto de vista da inflação, segundo o chefe do Departamento do Bradesco, o BC terá espaço para reduzir mais a Selic. “Mas quanto mais o BC reduzir a Selic agora, mais ele terá que aumenta-la lá na frente”, disse o economista.