Sargaço Nightclub faz boa estreia em Istmo
Na estrada desde 2016, com quatro EPs, e o mesmo número de singles, o duo Sargaço Nightclub, formado por Marcelo Rego e Sofia França, lançou o primeiro álbum, Istmo, desde o dia 11 circulando nas plataformas digitais. O grupo soa estranho na cena musical recifense, onde até bandas de hardcore ou rappers trazem elementos regionais em suas canções. O Sargaço Nightclub faz pop rock, com sonoridade oitentista, tanto do Brock quanto do pop gringo da época.
O duo gravou com participações de músicos de gerações diferentes, tarimbados em estúdios: D Mingus, Blera Alves, Jonatas Onofre, Sam Silva, George Dupreux, Rogério Lins, Fernando Arroyo, Marlon Silva e Fernando Alakejá. Num disco que abre com uma música - que lembra o Capital Inicial - com letra temática política que critica o movimento conservador Vem Pra Rua, deflagrado em 2016.
O álbum contém sete faixas de estúdio e três ao vivo. Hibakusha, canção com eflúvios orientais, foi lançada como single, e a partir dela veio a ideia de encarar um álbum. A maioria das canções já havia sido testada ao vivo com plateias, e ganhou novas roupagens, tocadas com músicos que foram agregados à dupla em estúdio. Uma das poucas que só é conhecida agora no disco é Além do Bem e do Mal (parceria de Marcelo Rego com Sam Silva), canção em tons cinza, que conta com o sax de George Dupreux e a bateria de Arthur Azoubel.
Para não dizer que o regional passa por longe de Istmo, em Rua da Saudade a letra tem inspiração nas assombrações do velho Recife, que remete ao bem sucedido projeto Recife Assombrado. Uma canção pós-punk, à The Cure. O disco, por enquanto, está disponível apenas no formato digital, foi produzido no SB Music Studio, em Casa Forte, com edição e mixagem assinadas por Sammy Barros, com Marcelo rego, e masterização de Vinicius Aquino, no Estúdio Carranca. O álbum circula nas principais plataformas de streaming.