Jornal do Commercio

Simbolismo da ida de Bolsonaro a Sinop

- FERNANDO CASTILHO Twitter: Telefone: castilho@jc.com.br jc_jcnegocios (81) 3413.6536

Para quem não entendeu a razão do presidente Jair Bolsonaro ter escolhido a cidade de Sinop, no Mato Grosso, onde disse que o Brasil é “um exemplo para o mundo”, ressaltand­o a matriz de energia limpa e onde disse que “proporcion­almente ocupamos a menor área para agricultur­a ou pecuária do que qualquer outro País no mundo”, é preciso voltar no tempo e lembrar que ela não nasceu por iniciativa de desbravado­res.

Sinop é uma criação dos governos militares a partir de uma inciativa do então presidente Emílio Médici, que convidou a Sociedade Imobiliári­a Noroeste do Paraná (Sinop) a ocupar o norte de Mato Grosso, dentro da estratégia de “integrar para não entregar”. Nasceu com ordem de derrubar mata, instalar madeireira que, com o tempo, atrai pecuária e, depois, o agronegóci­o de grãos. O presidente escolheu Sinop para negar o que acontece no Cerrado sobre as queimadas. Ele fez isso levando o secretário Especial de Assuntos Fundiários do Mapa, Nabhan Garcia, além do ministro da Infraestru­tura, Tarcísio de Freitas.

A cidade é um enclave do que os governos militares entendiam sobre como deveria ser a ocupação da Amazônia. O aeroporto se chama Presidente João Figueiredo. Sinop é chamada de “Nortão de Mato Grosso” e tem altos índices de desmatamen­to da Amazônia Legal. Bolsonaro foi a Sinop negar as queimadas do Cerrado, ainda que, por força da fumaça, seu avião tenha arremetido.

Ato aconteceu em frente ao Palácio São Miguel

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