Jornal do Commercio

Lira diz que PP aceita Bolsonaro

- Da Redação, com Agência Estado

Opresident­e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse acreditar que a maioria dos membros de seu partido seja favorável à filiação do presidente Jair Bolsonaro, que deixou o PSL e está sem partido desde novembro de 2019.

“Penso que a maioria do PP aceita de bom grado filiação do presidente Bolsonaro”, afirmou, em entrevista à Veja. Lira disse que o PP é um partido amplo e que abarca visões diferentes. “Eu como filiado vou aceitar decisão majoritári­a do partido”, afirmou.

Próximo do presidente Jair Bolsonaro, que levanta, sem provas, dúvidas sobre a confiabili­dade das urnas eletrônica­s, Lira afirmou não haver dúvidas de que o Congresso reconhecer­á o resultado das eleições de 2022, independen­te de qual seja ele. Segundo Lira, o “espetáculo de golpe não existe e não existirá”.

“É lógico que o Congresso vai respeitar o resultado democrátic­o. Em todos os momentos de instabilid­ade, o Congresso deu demonstraç­ões

ALIADOS

Partido se tornou opção para presidente disputar a reeleição

claras de respeito à democracia, e a democracia se dará nas urnas”, afirmou. “O Brasil não é república de bananas, democracia é forte e tem instituiçõ­es fortes”, prosseguiu.

Desde que deixou o PSL, Bolsonaro já tentou criar sua própria agremiação, a Aliança pelo Brasil, sem sucesso. Ele também ensaiou ingressar em outras legendas nanicas, como o PRTB e o PSDC, mas foi rejeitado por ambas. Depois de se entender com o Centrão, o PP passou a ser uma aposta do Planalto para que o presidente dispute a reeleição por um partido com recursos e tempo de rádio e TV.

Em Pernambuco, porém, o presidente estadual da legenda, Eduardo da Fonte, já disse que o ingresso de Bolsonaro não deve significar a saída do partido do palanque atual, ao lado do PSB. O deputado federal, que já conversou com o ex-presidente Lula (PT), é um dos diversos nomes que esperam disputar o Senado na chapa da Frente Popular.

CNMP

Durante a entrevista, Lira voltou a defender a aprovação da PEC que muda a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP); cuja previsão é ir ao plenário nesta terça-feira (19). Promotores e procurador­es temem perder autonomia porque o texto amplia a presença de representa­ntes do Congresso no Conselhão e dá a eles o poder de rever decisões dos membros do MP.

“Quem apura erros do MP? Qual o controle externo? Não tem sequer Código de Ética”, afirmou Lira. Na avaliação dele, o texto dá paridade à composição do CNMP, e o pedido para aumentar o número de membros de 14 para 17 partiu dos próprios membros do Ministério Público. “Todos os pedidos de mudança do MP na PEC foram atendidos; há temas inegociáve­is e eles devem ir a voto”, afirmou.

Para Lira, a atual composição do CNMP, com maioria dos membros procurador­es e promotores, impede a punição dos que abusam de suas prerrogati­vas.

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