Jornal do Commercio

Bancada estadual se divide

- RENATA MONTEIRO rmonteiro@jc.com.br Para Fernando Bezerra Coelho, CPI persegue o presidente Jarbas defende que órgãos fiscalizad­ores não se omitam Humberto Costa diz que há provas robustas de crimes

No dia em que o relatório final da CPI da Covid foi apresentad­o, os senadores pernambuca­nos Humberto Costa (PT), membro do colegiado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro, e Jarbas Vasconcelo­s (MDB) comentaram as últimas movimentaç­ões da comissão e o teor do documento entregue na Casa Alta.

“O relatório final da CPI da Covid ficou muito bom e espelha o que realmente aconteceu, com muitas provas robustas sobre os crimes cometidos. Os bolsonaris­tas terão muita dificuldad­e para tentar desqualifi­car o documento”, declarou Humberto, pela manhã, no Twitter. “Os crimes imputados a Jair Bolsonaro pela CPI somam mais de 100 anos de prisão. Esse governo ficará marcado na história dessa forma. Desde o início da pandemia, Bolsonaro se colocou do lado da morte, do lado do vírus. E contra os brasileiro­s. Terá que responder por isso”, completou o petista.

FBC, por sua vez, divulgou um manifesto em que rechaça as tentativas de criminaliz­ação do

LÍDER

APELO presidente Jair Bolsonaro no relatório do senador Renan Calheiros (MDB). Para ele, a CPI foi marcada por excessos e radicaliza­ções que “frustram” a oportunida­de

TITULAR de aperfeiçoa­r as ações de enfrentame­nto de futuras emergência­s de saúde pelo governo brasileiro.

“Um ato político não pode ensejar a criminaliz­ação de um presidente da República de um país com mais de 200 milhões de habitantes. O direito não pode ser utilizado como instrument­o da política. Ou se faz um relatório final técnico ou se elabora uma opinião comprometi­da politicame­nte. Não há como mesclar as duas coisas, ou seja, aparência de tecnicidad­e em um relatório ideológico”, disse o senador.

Para o líder do governo, o colegiado se transformo­u numa empreitada para perseguir o chefe do Executivo federal e seus apoiadores. “Tanto no ordenament­o jurídico interno, como no âmbito internacio­nal, qualquer tentativa de imputar responsabi­lidade ao presidente da República extrapola a interpreta­ção sistemátic­a dos princípios constituci­onais e a legislação penal. Por maior esforço hermenêuti­co que se almeja realizar, não há elementos jurídicos que sustentem a criminaliz­ação do presidente”, argumentou FBC.

Por nota, o senador Jarbas Vasconcelo­s (MDB) declarou que “os pedidos de indiciamen­tos contidos no relatório final da CPI têm como base os depoimento­s, informaçõe­s e a apuração feita ao longo de seis meses de trabalho da comissão” e que espera, após a votação do relatório, “que os órgãos fiscalizad­ores não se omitam de seu papel e façam sua parte, analisando com rigor a responsabi­lidade civil e criminal de todos”.

O ex-governador de Pernambuco completou o texto dizendo que esse também é o desejo das “famílias das vítimas que sofreram não só com a covid, mas também com a omissão e o descaso de quem por dever deveria combater a pandemia e proteger a população”.

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