Máscara deve continuar no pós-pandemia
O comitê científico que assessora o governo de São Paulo no combate à pandemia vai propor a continuidade da utilização de máscaras em determinados ambientes após o fim da pandemia. No momento, no entanto, o grupo desaconselha qualquer flexibilização no uso do acessório.
João Gabbardo, coordenador executivo do comitê, afirmou nesta quarta-feira que ambientes hospitalares, por exemplo, poderiam manter a obrigatoriedade de máscaras no futuro. A proposta será formalizada ao Executivo. A declaração foi feita em coletiva do governo para anúncio de medidas de combate à pandemia e investimentos públicos.
O afrouxamento no uso das máscaras neste momento, segundo Gabbardo, depende de estudos que devem ser encaminhados ao governo nos próximos dias. A ideia é que, caso sejam atingidos alguns indicadores relacionados à transmissibilidade do coronavírus - estes não finalizados pelo grupo técnico -, a flexibilização seja implementada mais adiante.
Os indicadores não devem definir a data para a flexibilização no uso das máscaras, mas indicar a possibilidade de tornar não obrigatório esse uso em alguns ambientes externos sem aglomeração. Para Gabbardo, “caminhar na beira da praia é muito diferente de estar concentrado numa área de comércio”.
“Estamos passando neste momento por uma transição com flexibilizações importantes: volta às aulas, frequência obrigatória dos alunos, presença de público nos espetáculos esportivos, culturais, a redução da medida de distanciamento de um metro. Então precisaremos acompanhar qual será o impacto dessas modificações nos nossos indicadores”, afirmou Gabbardo.
O coordenador declarou ser contrário a eventuais recuos no uso da máscara uma vez que flexibilizado, mesmo que os números da pandemia no estado sejam considerados cada vez melhores.