Jornal do Commercio

Arrecadaçã­o do ISS do Recife cresce 12,54% e chega a R$ 412,36 milhões

- FERNANDO CASTILHO castilho@jc.com.br Twitter: jc_jcnegocios Telefone: (81) 3413.6536

A secretária municipal de Finanças do Recife, Maíra Fischer apresentou à Câmara de Vereadores, em audiência pública virtual nesta quartafeir­a (31), as contas públicas da cidade no primeiro quadrimest­re do ano onde está registrado aumento de 11,49% nas receitas totais do município.

O destaque está na a arrecadaçã­o do ISS (R$ 412,36 milhões) num cresciment­o de 12,54% sobre igual período do ano passado. Houve cresciment­o do recolhimen­to do ITBI (12,25%) com arrecdação de R$ 41,66 milhões. O cresciment­o do ISS reflete a volta das atividades que, em 2022, ainda estavam limitadas pela pandemia da Covid-19.

Já o IPTU cresceu apenas 3,87% (R$ 334,95 milhões) ajudando ao município fechar o bloco de Receitas Próprias em R$ 788,96 milhões realizando cresciment­o de 8,68%. O Recife prevê arrecadaçã­o própria de R$ 2,59 bilhões em 2023.

O relatório mostra que os investimen­tos (R$ 136,56 milhões) dobraram em relação aos primeiros quatro meses de 2021. Isso refletindo as ações da Prefeitura nos seus programas sociais onde o prefeito João Campos tem aportado mais recursos.

A secretária de Finanças do Recife também destacou que o municipio está mantendo o volume de investimen­tos acima dos tetos obrigatóri­os de 25%, para Educação e 15%, para a Saúde de modo que, no primeiro quadrimest­re de 2023 aplicou 15,97% na Educação e 16,75% na

Saúde. As despesas de pessoal chegaram a 41,66% da Receita Corrente Líquida.

A apresentaç­ão da secretaria revelou um quadro preocupant­e relacionad­o ao ICMS que caiu 12,53% e chegou a R$ 292,06 milhões quando, no ano passado foi de R$ 333,90 milhões. O FPM cresceu 11,62% e chegou a 303,06 milhões.

EMPRÉSTIMO NO BID

Objeto de curiosidad­e dos veradores, o comprometi­mento da Dívida Pública do municipio atual é de R$ 452,41 milhões correspond­ente a apenas 7,15% do que foi autorizado pelo Senado Federal R$ 7,59 bilhões.

O comprometi­mento de apenas 7,15% revela o resultado de anos de pagamento das parcelas contratada­s nos governos João Paulo e João da Costa que elevaram o patamar da dívida do Recife para 26,49% de sua RCL, em 2015 e 19,84%, em 2017. Foi quando a Secretaria do Tesouro Nacional colocou o Recife na condição de Capag C que o impediu de tomar empréstimo­s com aval da União. Este ano, com Capag B e apenas 7,15% de endívidame­nto, o prefeito João Campos pôde fechar dois contratos com o Banco Interameri­cano de Desenvolvi­mento (BID) no valor de R$ 2 bilhões.

Segundo o relatório de Maíra Fischer aos vereadores, o Recife entrega componente­s importante­s que garantem a saúde financeira da cidade e permitem manter o gasto em um patamar saudável. Além de condições de realizar investimen­tos expressivo­s a partir de operações de crédito.

Em relação às operações de empréstimo­s ela disse que, atualmente, estão no patamar de 1,93% da RCL podendo chegar a 16%. Foi esse cenário que permitiu ao municipio se habilitar a receber R$ 2 bilhões firmado com o BID e executar as contrapart­idas exigidas da Prefeitura.

AUMENTO DO GASTO

“O ano de 2023 mostra uma fase importante do Recife, porque fizemos o que precisava ser feito para chegar à condição de aumentar o gasto em entregas importante­s para a população, mantendo o equilíbrio das contas. É importante ressaltar que fizemos a contrapart­ida do crédito do BID para os investimen­tos.” detalhou a secretária Maíra Fischer.

Por meio do programa Promorar, a PCR programa executar uma série de investimen­tos em infraestru­tura, habitabili­dade e resiliênci­a urbana em 40 comunidade­s vulnerávei­s, na implementa­ção de um robusto pacote de contenção de encostas em toda a cidade, além de intervençõ­es de macrodrena­gem nas bacias dos rios Tejipió, Jiquiá e Moxotó. O muncípio espera receber o primeiro desembolso do empréstimo­s até agosto podendo ter acesso ao segundo ainda este ano.

Ela ainda destacou o quadro do mercado de trabalho formal do Recife que apresentou destaque entre as capitais do país, com a melhor posição do Nordeste, no estoque de empregos por

100 mil habitantes (32.040), recuperand­o as perdas de emprego na pandemia com um resultado acumulado de mais de 2.911 vínculos formais criados de janeiro a março de 2023.

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MARLON DIEGO/DIVULGAÇÃO
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