Com 399 mulheres que morreram pelo tumor em 2022, Pernambuco avalia ação para eliminar doença
Programa Útero é Vida é debatido em encontro que acontece no Imip, com presença de profissionais do setor, gestores de saúde e representantes governamentais
Programa do governo de Pernambuco, em parceria com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), o Útero é Vida tem como meta erradicar o câncer do colo do útero no Estado. Para isso, anualmente, a iniciativa pretende rastrear cerca de 375 mil pessoas com útero em Pernambuco, a fim de evitar complicações e mortes.
O cenário é crítico: por dia, em média, uma mulher morre no Estado por causa do câncer de colo de útero, que é totalmente evitável.
Só em 2022, segundo a Secretaria de Saúde de
Pernambuco (SES-PE), 399 mulheres faleceram em decorrência da doença em Pernambuco.
AVALIAÇÃO NO IMIP
Uma avaliação da primeira fase de implementação do programa Útero é Vida começou ontem e vai até amanhã no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central da cidade.
Na unidade, profissionais do setor, gestores de saúde e representantes governamentais estão reunidos para analisar os indicadores do programa, derivado do Termo de Cooperação Técnica 106º
Opas/organização Mundial de Saúde/secretaria de Saúde de Pernambuco.
“O evento de Avaliação da 1ª Fase não apenas destaca os progressos do programa, mas também reforça o compromisso coletivo na jornada pela saúde das pessoas com útero em Pernambuco”, afirma a médica citopatologista Letícia Katz, coordenadora técnica do Programa útero é Vida.
TAXA DE ÓBITO PRECISA DIMINUIR
“O Programa Útero é Vida emerge como uma esperança, ao reunir esforços locais e internacionais para enfrentar um desafio global, que é diminuir os indicadores de mortes em decorrência do câncer do colo do útero”, acrescenta.
O Programa Útero é Vida tem como objetivo central a promoção da saúde das pessoas com útero.
Além da cooperação técnica internacional com a Opas, a iniciativa também conta com o apoio de instituições como a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), Fiocruz – Ceará/fiotec, Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), Imip, Hospital de Câncer de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco, Hospital de Amor de Barretos e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.