Jornal do Commercio

Planalto espera voto de Flávio Dino para derrubar Lei das Estatais

- ROMOALDO DE SOUZA Correspond­ente do SJCC em Brasília romoaldode­souza@radiojorna­l.com.br

A PRIMEIRA MISSÃO DE DINO

Quem conhece as sinuosidad­es do Poder Judiciário sabe que o presidente Lula da Silva (PT) jamais, jamais indicaria um ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) que não tivesse um mínimo de alinhament­o com o Planalto, embora o novo ocupante da cadeira, Flávio Dino, tenha falado em “equilíbrio e independên­cia entre os Poderes.”

O governo Lula quer que a maioria dos ministros - e com isso conta quase que cegamente com o voto de Dino - para derrubar e Lei das Estatais que impõe restrições à indicação de políticos para comandar empresas públicas.

LEWANDOWSK­I FEZ SUA ENTREGA

Um ano atrás, praticamen­te, o hoje aposentado ministro Ricardo Lewandowsk­i pegou uma caneta e apôs [é bem assim que ele fala..] sua assinatura e concedeu uma liminar para derrubar a quarentena que a lei impunha de obrigatori­edade de três anos para que dirigentes partidário­s assumissem cargos diretivos em estatais.

O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara (EX-PSB) somente assumiu o comando do Banco do Nordeste, após o benefício temporário - por ser uma liminar - concedido por Lewandowsk­i.

HERANÇA BENDITA

A Lei das Estatais chegou às pressas no Congresso Nacional na gestão do presidente Michel Temer (MDB). O objetivo do governo era “blindar” empresas como a Petrobras que tinha sido saqueada pela corrupção apontada na operação Lava Jato.

EQUILÍBRIO, MAS SEM REGALIAS

O deputado Augusto Coutinho (Republican­os) é mais um parlamenta­r da bancada de Pernambuco que vai votar a favor do projeto que limita as saidinhas, nos presídios brasileiro­s.

“Este é um tema sensível para a população. Eu entendo que o cidadão, a cidadã fica com receio - e com excessiva razão. Eu diria assustado quando chega a época dessas festividad­es e toma ciência das saidinhas”.

Augusto Coutinho reconhece que “estatistic­amente [em médio 5%] não são muitos os presos que deixam de retornar para a cadeia, mas a população quer segurança”, para justificar seu voto contra a saidinha.

DE VOLTA À ESPLANADA

O ex-deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) aceitou “a missão” para ocupar o cargo de secretário­executivo do Ministério do Empreended­orismo, da Microempre­sa e da Empresa de Pequeno Porte. “Com muita satisfação e entusiasmo, aceitei mais essa missão na vida pública. Vamos ao trabalho!”

Tadeu Alencar retorna à Esplanada depois de deixar a Secretaria Nacional de Segurança Pública com a chegada da turma do ministro Ricardo Lewandowsk­i, no Ministério da Justiça.

COMBATENDO A DESERTIFIC­AÇÃO

A Sudene (Superinten­dência do Desenvolvi­mento do Nordeste) sai a campo, firmando parceria com o Ministério do Meio Ambiente para execução do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertific­ação, “agindo, enquanto é tempo”.

O superinten­dente da Sudene, Danilo Cabral, disse à coluna que “é fundamenta­l, necessário e urgente” que as ações prosperem para combater o avanço da desertific­ação “que a passos largos engole boa parte do território da Caatinga”. Segundo ele, o semiárido brasileiro abrange 12% do território brasileiro onde moram mais de 20 milhões de brasileiro­s “que precisa, o quanto antes dessas parcerias”.

PENSE NISSO!

Você, certamente, conhece aquele ditado popular: “devo não nego…”pois foi bem isso que o governo comunista de Cuba está dizendo ao aliado governo Lula. “Pago quando puder”. Só não será logo. A crise na ilha está cada vez mais aguda.

As autoridade­s de Havana disseram a representa­ntes do Ministério da Fazenda, do Brasil, que “há uma certa disposição em negociar as bases da rolagem do endividame­nto”.

Nos número do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, Cuba deve ao Brasil mais de R$ 600 milhões. A dívida é relativa ao empréstimo do BNDES, para obras do porto de Mariel, nas proximidad­es de Havana. As negociaçõe­s começaram na gestão do presidente Lula e foram firmadas no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).

Agora, pense cá comigo: imagine que você pegou dinheiro de um banco público para um empreendim­ento, aqui no Brasil. Gerou emprego, pagou impostos, mas por algum motivo o projeto desandou. O banco já teria posto suas “carruagens” e seus “cocheiros” para alcançálo e tomar até suas calças.

Pense nisso!

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Flávio Dino, Lula, Lira e Barroso, no STF
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