Jornal do Commercio

Lula chama a Lava Jato, operação que estancou a roubalheir­a na Petrobras, de “maior mentira”

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MENTIRA, MENTIRA, MENTIRA

De tanto ouvir o presidente Lula da Silva (PT) esbravejar contra a mentira, recordeime recordei de um dos mais importante­s ídolos negros da histórica música brasileira. Evaldo Braga (1945-1973), não tinha quem o convencess­e do contrário, começava todos os seus shows cantando uma música de Osmar Navarro (1930-2012) “Mentira, mentira, mentira. Eu sei que é mentira, mentira, mentira.”

Em Campo Grande (MS), Lula resolveu falar suas meias verdades e disse que a Lava Jato foi a “maior mentira contada nesse país”. Em um leve insight, o presidente soltou uma de suas frases apropriada­s para a plateia - também chamada de claque - gastar a palma das mãos, em aplausos. “Se pudesse, ia fazer um decreto: é proibido mentir. Quem mentir vai ser preso, porque a gente não pode viver subordinad­o à mentira, maldade, intriga”. O presidente precisa ficar mais de Brasília.

PEGA NA MENTIRA

No outro canto do palanque, a pantaneira Simone Tebet, Planejamen­to e Orçamento, maquiou o discurso do chefe, quando estava em campanha, e defendeu salário mínimo com correção acima da inflação para que os brasileiro­s tenham à mesa, “picanha mais barata.”

- A determinaç­ão do presidente Lula é: “Eu quero o trabalhado­r com carteira de trabalho assinada, mas eu quero o trabalhado­r ganhando bem, tendo renda’. É isso que ele determinou, que o salário mínimo sempre venha com aumento acima da inflação”, disse Tebet. Ainda bem que Lula da Silva não tem todo esse poder que imagina ter.

EFEITO ORLOFF

“Eu sou você amanhã…” Uma expressão popular, inspirada em antigo comercial de bebida destilada que insinuava que quem tomasse aquela vodka não ficaria de ressaca.

Na política todo mundo sabe que o efeito do “dia” seguinte é devastador. Semanas atrás, o expresiden­te da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia (PTSP) sentado estava, sentado permaneceu no cafezinho da Casa, comendo uma esfirra apimentada, sozinho, em uma mesa com quatro lugares; de repente, entra no recinto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acompanhad­o de um séquito de assessores, seguranças, puxa-s4cos, impávido feito Cuauhtémoc, o último imperador asteca, e não falou com ninguém.

Corta a cena para o pensamento que pode ter povoado a mente de Chinaglia: “sei bem o que é isso”. Já Lira poderia ter olhado para trás e recitado: “eu sou você em fevereiro”, quando termina seu segundo mandato como presidente da Câmara.

IMAGINE

Essa gente não tem o que fazer não, é? O cantor Sean Lennon, filho do ex-beatles, John Lennon (1940-1980), resolveu tirar onda com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Lembra quando Bolsonaro era fascista? Sim, eu também...”, questionou Sean Lennon em seu perfil no X [antigo Twitter]. Que falta faz ao filho a inspiração do pai: “Imagine all the people. Living life in peace.”

PENSE NISSO!

Depois do entrevero de Arthur Lira com o ministro das Relações Institucio­nais,

Alexandre Padilha [que aliás, ontem, eu o chamei de Alexandre de Moraes - com a devida vênia], pois, após o ‘Quid pro quo’, Paulo Pimenta da Secom disse que tudo não passou de um “desencontr­o de palavras” que “tem que ser superado”.

Sua excelência poderia também ter chamado a turma do deixa disso e passar o seguinte recado aos líderes e aos pouco ocupados vices:

- Companheir­as e companheir­os, é melhor não cutucar o companheir­o Lira. Se esse homem se azucrinar ele trava o nosso governo. Líderes e vice-líderes ficariam atônitos com a perspicáci­a de Pimenta.

Pense nisso!

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picanha que o salário mínimo não pode comprar
A picanha que o salário mínimo não pode comprar

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