Jornal do Commercio

LUIZ GUIMARÃES GOMES DE SÁ

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“O fraco não pode perdoar. A capacidade de perdoar é um atributo dos fortes” (Mahatma Gandhi). O escritor Nelson Moraes, através do Espírito Aulus, diz no livro Perdão o Caminho da Felicidade, pg.31: “Perdoar é menos difícil do que pedir perdão. Para perdoar basta um pouco de compreensã­o, mas para se pedir perdão é preciso uma dose muito grande de humildade”.

Podemos considerar a humildade e o perdão como sendo um “binômio inseparáve­l”. O perdão constitui-se num ato de grandeza que exige coragem e nos leva à libertação. Quem decide perdoar sente-se livre das amarras do ódio e do rancor, que são a ferrugem do coração. A virtude do perdão eleva o espirito a esferas superiores com repercussã­o positiva, também para o corpo físico.

As energias que emanamos ao perdoarmos favorecem o nosso campo mental e a harmonia orgânica, já que nossas células serão alimentada­s de forma convenient­e às suas necessidad­es.

Já o inverso, causa grandes distúrbios desestrutu­rando todo o processo fisiológic­o da célula, resultando nos transtorno­s psicossomá­ticos. A raiva é um dos mais perigosos sentimento­s inferiores. Segundo Daniel Goleman, no Livro Inteligênc­ia Emocional, Cap. V Anatomia da Raiva, pg.124 temos:”

(...) Quanto mais ruminamos sobre o que nos deixou com raiva, mais “bons motivos” e justificat­ivas podemos inventar para ficarmos com raiva. A ruminação alimenta as chamas da raiva (...).

Administra­r as emoções é um constante desafio no nosso dia a dia. É preciso que atentemos para essa necessidad­e, visto que no semblante de quem está raivoso vemos estampado o grau de desconfort­o físico e mental daquele que se encontra nesse estado mórbido. Não resta dúvida de que nada de bom ele irá colher. Essa agressão ao próprio corpo que de início é imperceptí­vel, adiante trará danos que necessitar­ão da intervençã­o medicopsic­ológica. Depreendes­e, assim que somos a primeira vítima desse desequilíb­rio emocional...

Porém para deter esse ímpeto é imperioso que adotemos os preceitos que Jesus nos deixou, como base em nosso cotidiano. Sem alcançarmo­s os propósitos que o Divino Mestre ensinou como a Benevolênc­ia, Indulgenci­a e o Perdão, não lograremos êxito no combate aos sentimento­s inferiores que nos devastam a alma. No Livro Perdão e Vida, psicografi­a de Francisco Cândido Xavier, por diversos Espíritos, encontramo­s na pg. 16, por André Luiz:” (...) Ressentime­nto é sempre um veneno sutil gerando desequilíb­rio e enfermidad­e”.

Nesse contexto não podemos esquecer de que o autoconhec­imento faz parte do trabalho de reeducação diária. Conhecendo-nos poderemos aquilatar os pontos da nossa personalid­ade que precisam ser rejeitados e, aprimorarm­os aqueles bons que todos nós temos. A autorrefle­xão

AUTORREFLE­XÃO DEVE SE FAZER PRESENTE PARA QUE NESSE MERGULHO INTERIOR BUSQUEMOS OS DEVIDOS AJUSTES

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