Jornal do Commercio

Governo deve apresentar nova proposta para servidores da Educação

Professore­s de universida­des federais entraram em greve nacional nesta segundafei­ra (15)

- Agência Brasil

Oministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo deve disponibil­izar novos recursos para atender as demandas dos servidores técnico-administra­tivos e professore­s das universida­des e institutos federais. As categorias estão em greve em boa parte do país.

“O governo já sinalizou com recursos adicionais para que a gente possa negociar com os servidores técnicos e servidores, a questão, não só do plano [de cargos e salários], mas também do reajuste salarial para essa categoria”, afirmou Santana. Nova proposta deve ser apresentad­a na sexta-feira (19).

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Camilo Santana falou sobre a greve dos servidores de universida­des e institutos federais em reunião da Comissão de Educação do Senado. Ele disse que o governo tem se esforçado para encerrar o movimento grevista e ressaltou que o MEC não tinha mais condições de, por conta própria, aumentar a proposta para os servidores.

“O orçamento do MEC não comporta nenhuma mudança mais de qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor. Então, será uma complement­ação orçamentár­ia pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem”, explicou o ministro, sem antecipar o valor que teria sido reservado para os professore­s e técnicos administra­tivos das instituiçõ­es federais de ensino.

Camilo Santana informou que esse anúncio será feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que lidera a negociação com os servidores. O ministro da Educação reclamou da greve e lembrou que o governo deu reajuste de 9% para toda administra­ção pública no primeiro ano, após seis anos sem reajuste.

“Greve, para mim, é quando não há mais diálogo, quando se encerraram as negociaçõe­s ou toda e qualquer possibilid­ade de melhorias”, disse Santana. Para o ministro, o grande problema desta greve é o prejuízo para o Brasil e

para os alunos.

ENTENDA

Ao menos 360 unidades de ensino aderiram à greve iniciada no último dia 3, informa o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profission­al e Tecnológic­a. Entre as demandas, está a recomposiç­ão salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, além de uma reestrutur­ação das carreiras da área técnico-administra­tiva e de docentes.

Já os professore­s de universida­des federais entraram em greve nacional nesta segunda-feira (15), rejeitando a proposta do Ministério da Gestão. Eles querem reajuste de 22,71% em três parcelas de 7,06% por ano.

De acordo com o Sindicato

Nacional dos Docentes das Instituiçõ­es do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio-alimentaçã­o, que passaria de R$ 658, para R$ 1 mil; no valor da assistênci­a pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementa­r.

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Camilo Santana falou sobre a greve dos servidores de universida­des e institutos federais em reunião da Comissão de Educação do Senado

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