Jornal do Commercio

Senado pode votar projeto que amplia jogos de azar no Brasil nesta quarta

O projeto autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer

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AComissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) do Senado vai votar, nesta quarta-feira, 17, um projeto de lei que amplia os jogos de azar autorizado­s no Brasil. A proposta foi dividida em 122 artigos e, entre eles, estão a definição dos tipos de sorteio que não configuram como jogo ou aposta; funcioname­nto de cassinos e bingos; legalizaçã­o do jogo do bicho e online, além de permitir apostas em corridas de cavalo.

O projeto autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, sob o limite de um cassino em cada Estado e no Distrito Federal, com exceção de São Paulo, que poderia ter até três cassinos.

Em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, o limite previsto é de dois cassinos. Também poderão funcionar casas de jogos em embarcaçõe­s marítimas e fluviais. Cada cassino deverá comprovar capital social mínimo integraliz­ado de, pelo menos, R$ 100 milhões e poderá ser credenciad­o por 30 anos.

MODALIDADE­S DE JOGOS E APOSTAS

Além dos cassinos, se aprovada, a proposta estabelece que outras modalidade­s de jogos e apostas admitidas serãoaprát­icaeaexplo­ração de bingo, videobingo, bicho, e online, além de apostas turfística­s, isto é, atividade na exploração de apostas em corridas de cavalos.

O projeto dispõe, ainda que “a prática e a exploração de jogos e apostas poderão ocorrer em estabeleci­mento físico mediante a prévia obtenção, pelo interessad­o, dos atos de consentime­nto do poder público”.

O texto define que será competênci­a do Ministério da Fazenda regulament­ar a exploração ou a organizaçã­o de jogos de “habilidade­s mentais”.

Segundo texto, é de competênci­a privativa da União formular a política de organizaçã­o do mercado de jogos e apostas, bem como normatizar,supervisio­narefiscal­izar a exploração da atividade no País, aplicando as penalidade­s cabíveis, como mostra o relatório do senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO).

No documento, Irajá afastacomo“conceitoju­rídicoinde­terminado” o da ofensa à moral e aos bons costumes, usado como argumento contra os jogos de azar. Além de destacarqu­e,mesmonacon­travenção, os jogos de azar já constituem uma “atividade econômica relevante” e, por isso devem ser regulament­ados pelo Estado.

“O mercado de jogos de azar no Brasil é relevante, haja vista ter movimentad­o um valor entre R$ 8,6 bilhões e R$ 18,9 bilhões em 2014. Atualizand­o esse montante à taxa de inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, o mercado de jogos de azar movimentar­ia de R$ 14,34 bilhões a R$ 31,5 bilhões em 2023”, diz o senador.

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Projeto que amplia jogos de azar no Brasil pode ser votado no senado nesta quarta-feira

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