Jornal do Commercio

Silas Malafaia diz que será ‘duríssimo’ e vai ‘botar para quebrar’ em ato de Bolsonaro

Bolsonaro reunirá parlamenta­res e governador­es em Copacabana como forma de demonstrar força popular diante das investigaç­ões em andamento no STF

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Opastor Silas Malafaia disse que vai “botar para quebrar” em seu discurso no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio neste domingo (21). O ex-chefe do Executivo reunirá parlamenta­res e governador­es em Copacabana como forma de demonstrar força popular diante das investigaç­ões em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), como a que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

“O que eu vou falar nesse dia 21 de abril não vai ser brinquedo não. Eu vou botar para quebrar”, afirmou o aliado do ex-presidente e um dos organizado­res da manifestaç­ão. Em entrevista à Rádio Auri Verde Brasil nesta quinta-feira, 18, Malafaia também disse que o pronunciam­ento dele no ato de 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, “foi uma água com açúcar” diante do próximo discurso. Na ocasião, em ataque ao STF, afirmou que se prenderem Bolsonaro, “será para a destruição deles”.

A primeira manifestaç­ão também foi convocada por Bolsonaro para ele se defender de investigaç­ões, como as que apuram suposta tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022; venda de joias recebidas de presente em viagens ao exterior, caso revelado pelo Estadão, criação de uma “Abin paralela” durante o governo dele; falsificaç­ão de dados de cartões de vacinação e milícias digitais.

‘CALÚNIA, DIFAMAÇÃO OU INJÚRIA’

O pastor disse que em Copacabana não vai cometer calúnia, difamação ou injúria, mas será “duríssimo com o que está acontecend­o”. O objetivo, segundo Malafaia, é “desnudar” o que chamou de “safadeza que está acontecend­o no País”.

O ato em Copacabana será, de acordo com Bolsonaro, em “defesa da democracia” e contará com governador­es, pré-candidatos às eleições municipais de outubro e parlamenta­res do “núcleo duro” do bolsonaris­mo.

Sob argumento de que o País está “perto de uma ditadura”, o ex-chefe do Executivo pediu aos apoiadores que não levem faixas e cartazes na manifestaç­ão, assim como no evento de fevereiro. Em atos anteriores convocados pelo ex-presidente, tornou-se comum o surgimento de faixas pedindo intervençã­o federal e atacando ministros do Supremo.

ELON MUSK

A ideia de “perseguiçã­o” à direita tem sido utilizada desde o início das investigaç­ões que miram Bolsonaro e os aliados dele. Em fevereiro, o ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte à PF. No começo deste mês, a tese de “censura” aos bolsonaris­tas ganhou força com os embates entre Moraes e o dono do X, Elon Musk.

Nesta quarta-feira, 17, deputados do Partido Republican­o dos Estados Unidos divulgaram relatório que inclui 88 documentos do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a retirada de perfis de redes sociais. As contas foram suspensas por divulgarem informaçõe­s falsas sobre as urnas eletrônica­s, promoverem ataques contra o STF e defenderem instrument­os de supressão de garantias individuai­s durante a ditadura militar.

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Pastor Silas Malafaia e o ex-presidente Bolsonaro

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