Estudo constata que Tarifa Zero aumenta, sim, o número de passageiros no transporte público
Brasil já tem 106 cidades onde a Tarifa Zero é universal no transporte coletivo, ou seja, não há nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus
Os benefícios da gratuidade no transporte público como política social foram, mais uma vez, confirmados. Agora, por um estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), entidade que representa os operadores privados dos sistemas no País.
O estudo valida o que São Paulo confirmou recentemente, após adotar a Tarifa Zero aos domingos (aumento de 31% na demanda de passageiros), assim como outras cidades que implantaram ou já experimentaram o modelo entre elas o Grande Recife. Não houve cobrança da passagem nos ônibus da Região Metropolitana do Recife nas Eleições 2022, quando a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno, quando o governo de Pernambuco não ofereceu gratuidade e uma tímida oferta de transporte.
Segundo a NTU, houve um aumento significativo no número de passageiros nas localidades onde foi implementada a Tarifa Zero no transporte coletivo público. Atualmente, 106 municípios do País oferecem a gratuidade diariamente. São cidades que reúnem mais de 5 milhões de habitantes em que não há nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus, a tarifa zero universal.
COMPARAÇÃO COM A DEMANDA ANTES DA ADOÇÃO DA POLÍTICA SOCIAL
O levantamento comparou a quantidade de passageiros antes e depois da adoção do passe livre em 12 cidades. E constatou que em todos os municípios pesquisados houve uma elevação significativa na demanda por viagens de ônibus, que variou de 33% a 371%.
AS CIDADES ESTUDADAS:
• Caucaia (CE), que adotou a tarifa zero em 2021, e 2 anos depois viu o número de passageiros subir 371%, de 510 mil mensais para 2,4 milhões mensais;
• Luziânia (GO) teve elevação de 202% no número de passageiros em um período de 2 meses, de 4,3 mil por dia, em outubro de 2023, quando adotou o passe livre, para 13 mil por dia, em dezembro de 2023.
• Maricá (RJ) teve aumento de 144% após três anos da adoção da tarifa zero;
• Ibirité (MG), de 106%, após três meses;
• São Caetano do Sul (SP), de 218%, após quatro meses;
• Paranaguá (PR), de 146%, após um ano;
• Balneário Camboriú (SC), de 43%, após seis meses;
• Itapeva (SP), de 267%, após um ano e meio;
• Cianorte (PR), de 99%, após um ano;
• Lins (SP), de 150%, após um mês;
• Mariana (MG), de 145%, após dois anos; e
• Santa Isabel (SP), de 33%, após um ano e meio.
Entre as cidades pesquisadas estão Caucaia (CE), que adotou a tarifa zero em 2021, e 2 anos depois viu o número de passageiros subir 371%, de 510 mil mensais para 2,4 milhões mensais. Luziânia (GO) teve elevação de 202% no número de passageiros em um período de 2 meses, de 4,3 mil por dia, em outubro de 2023, quando adotou o passe livre, para 13 mil por dia, em dezembro de 2023.
Maricá (RJ) teve aumento de 144% após três anos da adoção da tarifa zero; Ibirité (MG), de 106%, após três meses; São Caetano do Sul (SP), de 218%, após quatro meses; Paranaguá (PR), de 146%, após um ano; Balneário Camboriú (SC), de 43%, após seis meses; Itapeva (SP), de 267%, após um ano e meio; Cianorte (PR), de 99%, após um ano; Lins (SP), de 150%, após um mês; Mariana (MG), de 145%, após dois anos; e Santa Isabel (SP), de 33%, após um ano e meio.
BOM PARA A POPULAÇÃO E AINDA MAIS PARA AS CIDADES
“O aumento da demanda indica o potencial de uso do transporte público pela população. A tarifa zero promove uma maior mobilidade e acessibilidade, facilitando deslocamentos para as atividades essenciais no ambiente urbano, em diferentes horários do dia, não só em horário de pico”, avalia o diretor executivo da NTU, Francisco Christovam.
“Esse aumento da demanda precisa ser considerado pela prefeitura que planeja adotar a tarifa zero. Não basta ter recursos para cobrir o custo atual, é preciso avaliar a necessidade de aumento da frota e definir fontes permanentes de recursos, para que a tarifa zero tenha sustentação”, acrescentou Christovam.