Jornal do Commercio

PF tem aval para aprofundar investigaç­ão sobre vacina de Bolsonaro

No mês passado, Bolsonaro, Cid e mais 15 acusados foram indiciados pela PF

- Agência Brasil

Oministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira (23) o aprofundam­ento das investigaç­ões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da fraude em certificad­os de vacinação contra a covid-19.

Conforme a decisão, a Polícia Federal (PF) deverá esclarecer se Bolsonaro apresentou um cartão da vacinação ao entrar nos Estados Unidos, realizar novas perícias e produzir laudos dos celulares apreendido­s com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Mais cedo, o pedido de aprofundam­ento foi feito ao Supremo pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

No mês passado, Bolsonaro, Cid e mais 15 acusados foram indiciados pela PF. Após o indiciamen­to, o inquérito foi enviado para a PGR decidir se uma denúncia será oferecida contra o ex-presidente e os demais investigad­os.

NECESSIDAD­E DE APROFUNDAR INVESTIGAÇ­ÃO

O procurador entendeu que algumas diligência­s são necessária­s para aprofundar a investigaç­ão, como juntada de laudos periciais em celulares e computador­es apreendido­s e informaçõe­s do Departamen­to de Justiça dos Estados Unidos.

‘É relevante saber se algum certificad­o de vacinação foi apresentad­o por Jair Bolsonaro e pelos demais integrante­s da comitiva presidenci­al, quando da entrada e permanênci­a no território norte-americano. Ao menos seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentaç­ão do certificad­o de vacina de todo estrangeir­o, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomátic­o”,

escreveu Gonet.

INVESTIGAÇ­ÕES

De acordo com as investigaç­ões, a fraude para inclusão de informaçõe­s falsas no sistema do Ministério da Saúde tinha como objetivo facilitar a permanênci­a de Bolsonaro nos Estados Unidos, país que adotou medidas sanitárias contra estrangeir­os que não se vacinaram contra a covid-19.

No dia 30 de dezembro de 2022, um dia do término do mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. Dias depois, em 8 de janeiro de 2023, as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.

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NELSON ALMEIDA/AFP De acordo com as investigaç­ões, a fraude para inclusão de informaçõe­s falsas tinha como objetivo facilitar a permanênci­a de Bolsonaro nos Estados Unidos
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