Jornal do Commercio

Google proíbe anúncios políticos nas eleições de 2024 para cumprir normas do TSE

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As alterações vetam o impulsiona­mento de qualquer tipo de anúncio que fale sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionad­as ao processo eleitoral

OGoogl evai proibir, a partir de maio deste ano, o impulsiona­mentode conteúdos políticos em todas as suas plataforma­s. A big tech vai atualizar apolítica que vigora atualmente noGoogleAd­s,queé a interface de compra e venda de anúncios. A mudança foi promovida para atender as exigências de uma resolução publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro deste ano.

As alterações vetam o impulsiona­mento de qualquer tipo de anúncio que fale sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionad­as ao processo eleitoral. A decisão do Google foi revelada pelo site Poder360 e confirmada pelo Estadão.

O Estadão apurou que a big tech passou os últimos dois meses imersa em discussões internas para definir como iria cumprir as regras do TSE. Em nota, o Google afirma que a medida foi adota da para“não mais permitira veiculação de anúncios políticos no país”. “Temos o compromiss­o global de apoiara integridad­e das eleições e continuare­mos a dialogar com autoridade­s em relação a este assunto”, diz o texto.

A resolução nº 23.732 do TSE determina que os provedores de propaganda­s pagas na internet deverão “manter repositóri­o desses anúncios para acompanham­ento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáve­is pelo pagamento e das caracterís­ticas dos grupos populacion­ais que compõem a audiência”

O TSE também exige das empresas disponibil­izem uma “ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositóri­o”.

Os executivos do Google, segundo apurou a reportagem, avaliaram que não havia capacidade técnica para cumprira exigência, tendo em vista a pluralidad­e dos conteúdos políticos que são anunciados todos os dias. Dessa forma, a decisão do grupo foi proibir qualquer tipo de anúncio.

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REPRODUÇÃO Google afirma que a medida foi adotada para “não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país”

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