Jornal do Commercio

Congresso aprova e Biden sanciona projeto que pode banir o Tiktok

O projeto de lei também impede a empresa de controlar o ingredient­e secreto do Tiktok: o algoritmo que alimenta os vídeos dos usuários com base em seus interesses

- (Com agências internacio­nais).

OCongresso­doseua aprovou o projeto de lei que pode proibir o Tiktok no país ou forçara vendado aplicativo, fazendo uma repreensão históricaà propriedad­e chinesa da plataforma de compartilh­amento de vídeos. O texto foi sancionado por Biden, qie pretende lidar com os supostos riscos à segurança nacional do aplicativo.

O Senado aprovou a medida por 79 a 18 votos como parte de um amplo pacote que oferece ajuda econômica a Israel, Ucrânia e Taiwan, enviando a proposta para a mesa dopre si denteJoeBi­den- coma Câmara tendo aprovado no sábado. Biden emitiu uma declaração minutos após a votação no Senado dizendo que planejava assinar o projeto de lei nesta quarta-feira.

Uma vez assinada, a proposta dá à empresa controlado­ra do Tiktok, a Bytedance, cerca de nove meses para vender o aplicativo extremamen­te popular ou enfrentar uma proibição nacional, um prazo que o presidente poderia estender por 90 dias se a venda estive remandamen­to.

A decisão tomada pelos republican­os da Câmara na semana passada de anexar o projeto del eido tiktokaop acote de alta prioridade ajudou a acelerar sua aprovação no Congresso e veio após negociaçõe­s com o Senado, onde uma versão anterior do projeto de lei havia sido paralisada. Essa versão havia dado àbytedance,s eis meses para alienar suas participaç­ões na plataforma. Mas ela atraiu o ceticismo de alguns legislador­es importante­s, preocupado­s com o fato de ser um prazo muito curto para um negócio complexo que poderia valer dezenas de bilhões de dólares.

O projeto de lei também impediria a empresa de controlaro ingredient­e secreto do Tiktok:oalgorit moque alimentaos vídeos dos usuários com base em seus interesses eque transformo­u a plataforma em um fenômeno de definição de tendências.

AMEAÇA AO APLICATIVO

A medida - que tem amplo apoio bipartidár­io-representa­a ame açamais significat­iva até o momento às operações do aplicativo nos Estados Unidos, onde ele tem mais de 170 milhões de usuários e se tornou uma potência econômica e cultural. Os legislador­es que pressionam pela restrição citaram preocupaçõ­es de que a estrutura de propriedad­e da empresa poderia permitir que o governo chinês obtivesse acesso aos dados dos americanos, alegações que otiktok contesta.

Espera-se que o Tiktok conteste a medida, estabelece­ndo uma batalha legal de alto risco e potencialm­ente longa que testará o argumento da empresa de que qualquer lei desse tipo violaria os direitos de liberdade de expressão de milhões de pessoas. Mas seus esforços frenéticos para inviabiliz­ara proposta-incluindo a orientação aos usuários para registrare­m reclamaçõe­s junto aseus representa­ntes no Congresso e a veiculação de anúncios divulgando os esforços de segurança dedados do Tiktok a poucos dias da votação final-não conseguira­m dissuadir os legislador­es.

TIKTOK CRITICA ‘ATROPELO’ A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

“É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de uma importante assistênci­a estrangeir­a e humanitári­a para, mais uma vez, aprovar um projeto de leide proibição que atropelari­a os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos ”, disse otiktokemu­mc om unic adona semana passada.

Durante meia década, os legislador­es dos EUA examinaram o relacionam­ento entre o Tiktok e a Bytedance, sediada em Pequim, devido a preocupaçõ­es de que isso poderia deixar os dados dos usuários americanos vulnerávei­s à vigilância do governo chinês.

Em resposta, a Tiktok propôs um plano chamado Projeto Texas para proteger os dados dos EUA, que incluiria o armazename­nto dessas informaçõe­s coma gigante americana da tecnologia Oracle. No entanto, como as negociaçõe­s entre a Tiktok e o governo federal não avançaram, os legislador­es revigorara­m a legislação que concede ao poder executivo o poder de restringir­a plataforma.

“Tem sido um caminho longo e sinuoso”, disse o senador Mark R. Warner, um dos maiores defensores da legislação na Câmara, ao The Washington Post na terça-feira.

“O Congresso não está agindo para punir a Bytedance, a Tiktok ou qualquer outra empresa individual”, disse a presidente do Comitê de Comércio do Senado, Maria Cantwell. “O Congresso está agindo para impedir que adversário­s estrangeir­os realizem espionagem, vigilância, operações malignas, prejudican­do americanos vulnerávei­s, nossos militares e funcionári­os do governo dos EUA.”

Os oponentes do projeto de lei dizem que o governo chinês poderia facilmente obter informaçõe­s sobre os americanos de outras maneiras, inclusive por meio de corretores de dados comerciais que trafegam informaçõe­s pessoais. O pacote de ajuda externa inclui uma cláusula que torna ilegal para os corretores de dados venderem ou alugarem “dados sensíveis pessoalmen­te identificá­veis” para a Coreia do Norte, China, Rússia, Irã ou entidades desses países. No entanto, essa disposição sofreu algumas rejeições, inclusive da American Civil Liberties Union, que afirma que a linguagem é muito ampla e poderia envolver jornalista­s e outras pessoas que publicam informaçõe­s pessoais.

Muitos oponentes da medida do Tiktok argumentam que a melhor maneira de proteger os consumidor­es dos EUA é implementa­r uma lei federal abrangente de privacidad­e de dados que atinja todas as empresas, independen­temente de sua origem. Eles também observam que os EUA não forneceram evidências públicas que mostrem que o Tiktok compartilh­a informaçõe­s de usuários dos EUA com autoridade­s chinesas, ou que as autoridade­s chinesas tenham mexido em seu algoritmo.

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PIXABAY A decisão tomada pelos republican­os da Câmara na semana passada de anexar o projeto de lei do Tiktok ao pacote de alta prioridade ajudou a acelerar sua aprovação

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