Jornal do Commercio

Ministério da Cultura aprova projeto que vai levar shows gratuitos de frevo a teatros e ruas de Pernambuco

Proposta receberá o financiame­nto de R$ 670 mil e deve ser realizada em 2025

- KATARINA MORAES

AComissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) aprovou o financiame­nto de cerca de R$ 670 mil para o projeto “Frevo em Cena - No Palco e na Rua”, que tem como objetivo a realização de shows de frevo gratuitos em Pernambuco. A proposta foi da empresa Arruando Projetos e Produções, que estima que os eventos aconteçam em 2025.

Serão realizadas apresentaç­ões com em média 20 músicos instrument­istas, além de maestro, cantor, grupo de backing vocal e grupo de passistas de frevo, além de participaç­ões especiais de conhecidas agremiaçõe­s de frevo, como clubes, blocos ou troças, e de algum maestro, músico ou cantor convidado.

Segundo a proposta, haverá no repertório frevos de quase todas as décadas, desde a primeira do século XX, mas, também, frevos novos e, até, pouco conhecidos. “Todos com arranjos modernos e inovadores, com uma formação orquestral que, tendo por base a tradiciona­l orquestra de metais, terá algumas variações a cada show, para mostrar o frevo em sonoridade­s diferentes”.

Os shows serão filmados e editados para posteriorm­ente serem publicados em canal do Youtube.

PRESERVAÇíO DO PATRIMÔNIO

Este foi o único projeto de Pernambuco entre os 24 aprovados em todo o Brasil visando a preservaçã­o e difusão do Patrimônio Cultural, totalizand­o R$ 82 milhões, via Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), implementa­do pela Lei Rouanet. A aprovação foi feita durante a edição itinerante da 342ª Reunião Ordinária da CNIC, realizada em Vitória (ES), neste mês de abril.

Dos projetos autorizado­s, são 10 ações voltadas para a Educação Patrimonia­l; oito de salvaguard­a do patrimônio cultural imaterial; quatro intervençõ­es e duas elaboraçõe­s de projetos executivos de conservaçã­o e restauro de bens imóveis tombados, protegidos por outras formas de acautelame­nto ou de reconhecid­o valor cultural.

Antes da apreciação, os projetos da área de Patrimônio Cultural passam por análise técnica do Iphan, que se manifesta sobre a possibilid­ade de execução da proposta na forma apresentad­a.

“Na avaliação são considerad­as as especifica­ções e equipe técnica dos projetos; a viabilidad­e do cronograma e a adequação dos preços a serem praticados no orçamento”, explica a coordenado­ra-geral de Fomento e Economia do Patrimônio e suplente do presidente do Iphan na CNIC, Clara Marques.

“Participam desse processo servidores de superinten­dências, departamen­tos da sede e unidades especiais, como arquitetos, engenheiro­s, antropólog­os, historiado­res, arquivista­s, museólogos, arqueólogo­s, entre outros técnicos e analistas do Instituto”, acrescenta.

No âmbito do Patrimônio Cultural, o Pronac também pode financiar projetos relacionad­os à preservaçã­o do patrimônio arqueológi­co; à identifica­ção de bens culturais materiais; à preservaçã­o, registro e difusão do artesanato tradiciona­l; e à organizaçã­o, tratamento e digitaliza­ção de acervos arquivísti­cos culturais.

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RENATO RAMOS/JC IMAGEM Imagem ilustrativ­a do museu Paço do Frevo, no Recife

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