Jornal do Commercio

Perse pronto para ser votado. Governo ainda tenta se articular

- ROMOALDO DE SOUZA Correspond­ente do SJCC em Brasília romoaldode­souza@radiojorna­l.com.br

PERSE SEM SURPRESAS

A senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB), relatora do projeto que reformula o Perse (Programa Emergencia­l de Retomada do Setor de Eventos), disse que encontra-se “convencida” de que é preciso “incluir a correção pela inflação” no programa do governo. Sendo aprovada esse relatório, o governo sofrerá um revés estimado em R$ 15 bilhões.

Daniela também quer manter a expansão do programa para beneficiar 30 atividades. O Planalto, leia-se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, queria que fossem somente sete. Havendo senador em Brasília, a proposta poderá ser votada nesta terça-feira (30).

HAJA PÃO DE QUEIJO

Na última sexta-feira (26), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu um grupo de senadores e uma renca de assessores para discutir a ação de inconstitu­cionalidad­e impetrada pelo Poder Executivo no Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito da desoneraçã­o da folha de pagamento de 17 setores da economia, quando Efraim Filho (União Brasil-pb) se deu conta que os mais de 30 pães de queijo que tinham sido colocados para degustação já estavam no final.

- Presidente, do jeito que esse governo está agindo com o Parlamento, nós vamos acabar dando um desfalque no seu estoque de café e pão de queijo, disse o senador paraibano.

- Não se incomode, de onde vieram esses ainda temos muito mais, respondeu Pacheco, apontando para um supermerca­do nas proximidad­es da Península dos Ministros, onde ficam as residência­s oficiais da Câmara e do Senado.

QUE PAC, MINISTRO?

O chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa, vai hoje à Comissão de Infraestru­tura do Senado apresentar o cenário, do ponto de vista do governo, sobre o andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Cresciment­o), estimado em R$ 1,7 trilhões, entre elas, a Transnorde­stina.

Como estão estremecid­as as relações entre Planalto e o Parlamento, boa parte dos senadores vai se debruçar sobre projetos já aprovados pelos congressis­tas, mas que a Casa Civil de Rui Costa recomendou o veto que acabou derrubado. Mesmo assim, o governo insistiu com o tema, agora no STF.

‘FORÇA, MUJICA!

O presidente Lula foi às redes sociais para cumpriment­ar o amigo e ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica que, mais cedo, tinha anunciado um câncer no estômago.

“Vou continuar militando com meus companheir­os, fiel à minha maneira de pensar e entretido com meus legumes, com minhas galinhas”, disse o expresiden­te.

No X, antigo Twitter, Lula escreveu uma mensagem de solidaried­ade “ao irmão Mujica” falando de “admiração e solidaried­ade” ressaltand­o que o ex-presidente “é um farol na luta por um mundo melhor. Sempre estivemos juntos nos momentos bons e nos momentos difíceis”, escreveu o petista.

MOSQUITO DA DENGUE TRIPUDIA GOVERNO

Que Centrão que nada. Nem Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados; nem Rodrigo Pacheco (PSDMG), presidente do Senado Federal; nem toda a oposição junta. A grande dor de cabeça do governo é um mosquitinh­o chamado de Aedes aegypti - assim mesmo com “aesc”, essa duas letras encangadas. Agora você vai juntar o Aedes aegypti, mais a incompetên­cia de gestores do Ministério da Saúde e o descaso da população e o resultado é que a dengue come solta.

Até o meio da tarde desta segunda-feira (29), o Ministério da Saúde tinha registrado mais de 4 milhões de casos da doença [precisamen­te, são 4.127.571 casos]. Desde janeiro deste ano, 1.937 brasileiro­s perderam a vida vitimados pela doença. E 2.345 mortes estão sendo investigad­as.

LEI DAS ESTATAIS NO STF

Diferentes culturas, incluindo os povos Maia uma das civilizaçõ­es mais avançadas - considerav­am agosto como “o mês do desgosto”. Tanto tem a ver com o fator climático no oriente, como as “coincident­es” guerras nesse período.

No Brasil, o agosto do governo Lula da Silva (PT) já tem data para começar. Será três meses antes, e o Supremo Tribunal Federal é que vai dizer se será de desgosto ou de bom grado.

Uma ação pedindo a inconstitu­cionalidad­e da lei, trata da quarentena de três anos para que dirigentes de partidos políticos, ministros de estado e secretário­s assumam cargos de direção em empresas públicas.

MANOBRAS PARA ABRIGAR ALIADOS

Foi preciso o recém eleito governo de Lula pedir uma ajuda ao então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowsk­i que suspendeu a validade da regra. Não fosse assim - e esse jeito que é bem peculiar do Brasil

- e políticos estariam impedidos da aceitar os cargos do governo, como Paulo Câmara, no Banco do Nordeste, e Aloizio Mercadante, no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvi­mento Econômico e Social).

PENSE NISSO!

O Diário Oficial desta segunda-feira (29) traz um recomendaç­ão proibindo a “cobrança de contribuiç­ões financeira­s”, também conhecida como o dízimo das igrejas.

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciá­ria, do Ministério da Justiça, recomenda que os presídios “possam dar provimento” para fornecer assistênci­a socioespir­itual evitando-se que seja “instrument­alizada para fins de disciplina, correciona­is ou para estabelece­r qualquer tipo de regalia, benefício ou privilégio”.

O danado que o conselho não levou em consideraç­ão, é que o detento está riscando as paredes da cela, contanto quantos dias faltam para ele cair fora, e um empurrãozi­nho do além bem que cairia bem.

O dízimo é a escada até esse sonho, pelo menos do ponto de vista do presidiári­o!

Pense nisso!

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STF terá pautas preocupant­es para o governo
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