Projeto descreverá em áudio paisagens e pontos turísticos do Recife
Em sua etapa inicial, a iniciativa prevê a audiodescrição de seis locais de destaque da primeira Região Político Administrativa do Recife (RPA1), que corresponde ao Centro da cidade
Oprojeto Visões Sonoras da Cidade, da Com Acessibilidade Comunicacional, disponibilizará audiodescrição de prédios históricos, pontes, ruas e pontos turísticos localizados na área central do Recife. A ideia é possibilitar que pessoas com deficiência visual também possam experienciar a memória e as referências culturais da cidade.
A previsão é que o projeto, realizado a partir do incentivo da Prefeitura do Recife e do Governo Federal por meio do edital da Lei Paulo Gustavo, seja concluído no final de maio.
Em sua etapa inicial, a iniciativa prevê a audiodescrição de seis locais de destaque da primeira
Região Político Administrativa do Recife (RPA1), área que reúne uma série de paisagens como fachadas de equipamentos históricos, casarões, praças, pontes, pátios e outros elementos que protagonizam as vivências de cidade da população em geral. São eles: o Marco Zero, a Rua do Bom Jesus, a Torre de Malakoff, parte do casario da Rua da Aurora, a fachada do Teatro de Santa Isabel, e a Praça da República.
O trabalho será realizado por uma equipe de audiodescritores, historiadores, arquitetos e consultores em acessibilidade comunicacional. Depois, armazenado no Soundcloud, disponibilizado em um QR Code hospedado no site da Com Acessibilidade Comunicacional, além de ser entregue para o equipamento público e para as secretarias de Cultura, de Turismo e Lazer, e de Direitos Humanos do Recife.
“É um projeto da cidade para a cidade, que busca contribuir com novas perspectivas de vivenciar o Recife. Com o Visões Sonoras da Cidade as paisagens serão traduzidas para que as pessoas com deficiência visual reconheçam e ressignifiquem sua percepção da cidade e seus monumentos”, destaca a diretora executiva da Com Acessibilidade Comunicacional, Liliana Tavares.
A gestora pontua ainda que, como conclusão da primeira etapa do projeto, será promovida uma visita guiada com audiodescrição e Libras aberta aos usuários dessas tecnologias assistivas. “Será uma recepção que nos permitirá presenciar as sensações manifestadas no público usuário e apontar necessidades de ajustes, analisar a funcionalidade do trabalho e observar se o acesso está sendo feito de forma autônoma”, explica.
“Espera-se que o projeto contribua para que a cidade seja mais inclusiva. Que as pessoas com deficiência visual possam se aproximar da cidade, conhecer e vivenciar espaços públicos de imagens acessadas por pessoas que enxergam. Acreditamos que o projeto irá colaborar para que as pessoas cegas ou com baixa visão vão construir uma sensação de pertencimento desses lugares”, finaliza Liliana.