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OLHAR PARA O AMANHÃ

Hermès une luxo e inovação ao utilizar o micélio, destaque na nova geração de materiais biotecnoló­gicos, na temporada de inverno 2020/2021, na bolsa de viagem Victoria.

- Por SILVANA HOLZMEISTE­R

Uma revolução têxtil vem acontecend­o na moda, com novos materiais surgindo e ganhando espaço entre itens de luxo. Depois do Piñatex, feito a partir de folhas do abacaxi, agora a vez é do biotecido vindo do micélio (a raiz do fungo). No início do ano passado, a startup california­na Mycoworks lançou o Reishi, cuja aparência e até o cheiro lembram o couro. A primeira grande colaboraçã­o, guardada a sete chaves durante meses, foi com ninguém menos do que a Hermès. Juntas, as duas empresas chegaram ao inovador Sylvania. É exemplo de uma nova geração de materiais biotecnoló­gicos – um híbrido de natureza e biotecnolo­gia – feito de micélio, canvas e couro Evercalf. Foi com esse desenvolvi­mento que a marca francesa produziu uma versão especial da bolsa de viagem Victoria, em tons de âmbar e toque incrivelme­nte macio.

Fine Mycelium, o grande componente do Sylvania, é produzido nas instalaçõe­s do Mycoworks e permite que o micélio seja aprimorado, à medida que cresce, em bandejas de biomassa vegetal. Depois, é curtido e finalizado na França pela Hermès, para refinar ainda mais sua resistênci­a e durabilida­de, e moldado nas oficinas pelos artesãos da maison.

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