EFEITO ORIGAMI
Construída com oito recortes unidos por ímãs invisíveis e efeito croco, a Doll entra para a lista de bolsas-desejo da Bottega Veneta.
Daniel Lee vem colecionando sucessos desde que estreou na Bottega Veneta e promete repetir o feito com a bolsa Doll, apresentada juntamente com a coleção Salon 01, em março (chegando por aqui em abril). Com pouquíssimos convidados espalhados em um amplo espaço, a marca italiana de certa forma reforçou o posicionamento de exclusividade e ritmo slow, que ficou claro com a saída do Instagram.
Dona de um processo artesanal precioso em couro livre de metais pesados, a Bottega agora aposta em uma tote estruturada construída com oito recortes unidos por ímãs e rebites invisíveis que criam um volume tridimensional. As arestas ocultas e refinadas proporcionam um arremate elegante proposto pela textura croco com acabamento envernizado brilhante. Compacto à primeira vista, o acessório se expande para revelar três compartimentos internos com muito espaço para acomodar aqueles itens essenciais do dia a dia.
O visual minimalista e despojado da Doll traduz o desejo de Lee por uma moda elegante e confortável. E que, a partir da ênfase no feito a mão, está expandindo a preocupação com processos positivos, a partir do compromisso do grupo Kering, que detém a marca, de colocar a sustentabilidade na vanguarda de sua estratégia – desde hospedar uma conferência focada em sustentabilidade durante a Semana da Moda de Xangai até nomear como presidente do comitê de sustentabilidade a atriz e ativista Emma Watson. A Bottega já fez botas biodegradáveis à base de café e cana-de-açúcar e bolsas feitas de papel 100% reciclado certificado. Agora, mostra que é possível simular o efeito do couro de crocodilo sem abrir mão do visual luxuoso.