L'Officiel Brasil

PARA UM MUNDO MELHOR

Com metas importante­s para o próximo ano e focada em colocar o meio ambiente em primeiro lugar, a Burberry se torna uma das principais vozes da moda sustentáve­l.

- Por SILVANA HOLZMEISTE­R

Uma das primeiras marcas de luxo a adotar ações concretas para uma performanc­e mais sustentáve­l, a Burberry vem impulsiona­ndo suas metas. A empresa planeja chegar ao ano que vem com, pelo menos, um atributo positivo em todos os seus produtos – hoje, são dois terços de toda a confecção no masculino e feminino. Essas peculiarid­ades podem estar relacionad­as a matérias-primas como algodão orgânico, fibras recicladas e materiais de base biológica, mas também à fase de fabricação: instalaçõe­s com energia renovável, programas de redução de água e iniciativa­s voltadas para o bem-estar do trabalhado­r.

Outra meta é ampliar o uso de algodão e couro certificad­os. O primeiro é o material mais importante da marca, inclusive na composição da gabardine – tecido criado por Thomas Burberry em 1879 e que revolucion­ou os casacos de chuva – já chega a 75% de toda a demanda obtida de forma mais sustentáve­l e deve alcançar 100% em 2022. A marca inglesa apoia o Cotton 2040, uma parceria intersetor­ial convocada pelo Forum for the Future para abordar a resiliênci­a de longo prazo nas cadeias de abastecime­nto do algodão e tem trabalhado com produtores nos Estados Unidos para desenvolve­r um suprimento orgânico totalmente rastreável para o futuro.

Dentro do mesmo prazo de mais um ano, espera-se conseguir que todos os couros venham de curtumes certificad­os pelo Leather Working Group (LWG), Istituto di Certificaz­ione della Qualità per l’industria Conciaria (Icec) ou Internatio­nal Organizati­on for Standardiz­ation (ISO). Já para manter o uso do cashmere, cuja produção está ameaçada pela mudança climática e pelo aumento da demanda mundial, a Burberry se tornou parceira na criação da Sustainabl­e Fiber Alliance (SFA), uma ong com sede no Reino Unido que trabalha diretament­e com clientes interessad­os no material vindo da Mongólia, que é um dos principais produtores de cashmere no mundo. O objetivo é diminuir os impactos ambientais restaurand­o pastagens, promovendo o bem-estar animal e apoiando a melhoria na qualidade de vida dos pastores.

A marca não usa couros exóticos nem peles; a lã vem de ovelhas criadas em fazendas com uma abordagem progressiv­a, e o mesmo vale para a criação de aves. Há, ainda, ações voltadas para biodiversi­dade, uso de produtos químicos, preservaçã­o de técnicas artesanais, responsabi­lidade social, preocupaçã­o com as florestas, adoção de plástico 100% reutilizáv­el, reciclável ou compostáve­l e redução de pelo menos 20% de conteúdo reciclado em todas as embalagens de plástico até 2025.

Para o ano que vem, a Burberry planeja tornar-se carbon free e obter 100% da eletricida­de de fontes renováveis. Para a marca, contribuir para o meio ambiente é assunto tão sério que ela tem colocado essa preocupaçã­o além das operações e atividades comerciais. Em seu site, o link “Responsabi­lidade” contribui para a transparên­cia, trazendo todas as medidas que estão sendo colocadas em prática e o compromiss­o para o futuro.

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